O executivo Luiz Fernando Vianna assinou nesta quinta-feira, 23 de março, em Foz do Iguaçu (PR) o termo de posse no cargo de diretor-geral brasileiro de Itaipu. Desde 1974, é a primeira vez que o documento é assinado fora de Curitiba (PR). Vianna é o décimo diretor-geral brasileiro a comandar a hidrelétrica e tem uma forte ligação com a cidade. O pai dele, Clóvis Cunha Vianna, foi prefeito de Foz do Iguaçu de 1974 a 1984, época em que o município passou por grande transformação em função da construção da hidrelétrica.

A solenidade de transmissão de cargo, do ex-diretor geral brasileiro Jorge Samek para Vianna, será na próxima segunda-feira, 27, no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, com a presença do ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho, e do governador do Paraná, Beto Richa – entre outras autoridades políticas e do setor elétrico.

Após a assinatura do documento, o novo diretor-geral brasileiro conversou com os jornalistas e listou os principais desafios que pretende enfrentar: a renovação do anexo C do Tratado de Itaipu, que estabelece as bases financeiras para a comercialização da energia, e os programas socioambientais desenvolvidos na região Oeste do estado. Segundo Vianna, “esses programas têm colaborado com o desenvolvimento dos municípios lindeiros ao Lago de Itaipu e nós pretendemos, evidentemente, manter e até ampliá-los”.

Sobre o Tratado de Itaipu, o diretor lembrou que a revisão do anexo C está prevista para daqui a apenas seis anos. “Esse é um grande desafio nosso e do Paraguai. Para falar em comercialização de energia, 2023 não é um prazo muito longo”, comentou. O novo diretor ressaltou que outra marca que pretende imprimir na empresa é uma gestão voltada para o desenvolvimento humano. “Pretendo ter uma gestão muito próxima das pessoas. A parte de desenvolvimento, para mim, é fundamental para o sucesso de uma empresa.”

A nomeação de Vianna, por decreto presidencial, foi publicada no Diário Oficial da União no dia 14 deste mês.