A Energisa apresentou lucro líquido de R$ 195,8 milhões no ano de 2016, uma queda de 44,3% ante os R$ 351,4 milhões do ano de 2015. No trimestre encerrado em dezembro o resultado ficou no campo positivo, em R$ 35,2 milhões recuo de 77,8% ante mesma base de comparação de 2015. O resultado ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 1,8 bilhão no ano, aumento de 0,7% ante 2015. Já na base trimestral o resultado foi de R$ 522,4 milhões, queda de 2,7%. A receita operacional líquida anual sem construção somou R$ 10,4 bilhões, redução de 3,8% ante o apurado em 2015. Já na base trimestral esse montante somou R$ 2,9 bilhões, aumento de 0,1%.
A energia vendida ao mercado cativo faturado apresentou queda de 2,4% no ano de 2016 ante 2015 fechando com 24.787,7 GWh no trimestre o recuo foi de 5,5%. Já o mercado livre na área de concessão das distribuidoras da Energisa apresentou aumento da demanda em 3,5% no ano e de 19,9% no trimestre. A soma entre o mercado cativo e o livre resultou em queda de 1,6% no total.
Entre as classes de consumo, no acumulado do ano as classes residencial, rural e outros, apresentaram crescimento de 2,2%, 3,4% e 0,3%, respectivamente. Já o consumo industrial apresentou retração de 9,6% e o comercial de 1,9%. Do total das vendas, a maior parte ou 44,7% estão concentradas no Centro-Oeste, 27,7% no Nordeste e 20,1% no Sudeste e Sul enquanto o Norte concentra 7,5% por meio da distribuidora de Tocantins.
O grupo Energisa, que detém 13 distribuidoras, encerrou o ano com pouco mais de 6,5 milhões de unidades consumidoras, volume 1,8% superior quando comparado ao final de 2015. A carteira de consumidores livres alcançou 476 clientes contra 244 de 2015.
As perdas totais de energia na Energisa somaram 12,38% do requerido, uma retração de 0,15 ponto porcentual ante o final do terceiro trimestre e aumento de 0,41 p.p. quando comparado a 2015. Do conjunto de concessionárias, apenas quatro estão acima do limite regulatório da Aneel, a CNEE, a Energisa Tocantins, Mato Grosso e Minas Gerais, em todos os casos a maior causa são as perdas técnicas. No consolidado as perdas não técnicas somam 3,28% e as técnicas 9,10%.
A Energisa encerrou o ano de 2016 com uma sobrecontratação 6% acima do limite regulatório de 105% da demanda, ou seja, com 111%, mesmo tendo participado do MCSD mensal e de Energia Nova e a realização de acordos bilaterais com geradores. E argumenta ainda que essa situação foi criada pela obrigação em contratar energia em 2015, mesmo sendo desnecessária a medida e resultado da migração de consumidores do ACR para o ACL.
No segmento de comercialização as vendas no ano somaram 2.458 GWh aumento de 18,9% e elevação de 45,2% no trimestre encerrado em dezembro. O endividamento líquido da companhia recuou 3,4% para pouco mais de R$ 6 bilhões. Os investimentos no ano ficaram no mesmo nível de 2015 com R$ 1,65 bilhão. Na base trimestral os aportes do grupo recuaram 20,5% para R$ 399 milhões.
Para este ano, a projeção de investimentos totais da Energisa é de R$ 1,4 bilhão. Os valores mais elevados estão dedicados às distribuidoras do Centro-Oeste e uma no Norte, sendo R$ 474,6 milhões para Mato Grosso, R$ 221 milhões no Mato Grosso do Sul e R$ 219 milhões em Tocantins. O foco da destinação desses recursos é o atendimento de novas cargas e expansão das redes elétricas, manutenção e substituição de ativos, melhoria na qualidade de distribuição, combate a perdas e programa de universalização de energia.