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A Eneva encerrou o ano de 2016 com um prejuízo líquido de R$ 131,8 milhões, ante um lucro de R$ 117,3 milhões auferido no exercício anterior. Dados do mais recente balanço financeiro anual da companhia, divulgados nesta segunda-feira (27), mostram que, no último trimestre do ano passado, com um lucro líquido de R$ 94,1 milhões, a melhora de resultado foi substancial comparado com o mesmo período de 2015, quando o resultado positivo foi de R$ 5,3 milhões. O crescimento, segundo a empresa, foi consequência do atingimento da capacidade plena de operação no Complexo Parnaíba no segundo semestre de 2016.

À exceção do prejuízo anual, os demais números do resultado financeiro da empresa em 2016 se mostraram favoráveis. O ebitda proforma consolidado atingiu R$ 1,176 bilhão, 38,4% superior que o do ano de 2015. A margem ebitda no ano cresceu em 8 pontos percentuais, atingindo patamar de 54,4%. No corte do quarto trimestre, o ebitda fechou em R$ 425,6 milhões, representando um aumento de 49,9% em comparação com o período outubro-dezembro de 2015. A margem ebitda no trimestre foi de 63,4%, representando um crescimento de 7 pontos percentuais em comparação ao ano anterior.

No contexto operacional, a geração total de energia elétrica da Eneva em 2016 foi de 11.815 GWh (1.345 MWmédios) e a produção total de gás natural foi de 1,9 bilhão de m³. As quatro usinas termelétricas a gás do Complexo Parnaíba (1.427 MW somadas – MA) apresentaram uma geração de 912 MWmédios em 2016 e se apresentaram disponíveis durante 90% do tempo ao longo do ano passado. Os dois ativos da companhia movidos à carvão importado – Itaqui (360 MW – MA) e Pecém II (365 MW – CE) – geraram 433 MWmédios no ano passado e estiveram em disponibilidade durante 84% do tempo em 2016.

Segundo a geradora, o desempenho econômico-financeiro dos ativos de geração de eletricidade no ano passado acabou sendo impactado, principalmente, pela entrada em operação da usina térmica Parnaíba II (519 MW) no mês de julho de 2016. O início de funcionamento do empreendimento passa a garantir à Eneva uma receita fixa líquida de R$ 476 milhões por ano, além de ter impactado de forma positiva diretamente os resultados apurados na área de gás natural, cujo ebitda ficou em R$ 549,8 milhões em 2016 – contra R$ 425,5 milhões verificados no ano anterior.

Em teleconferência realizada com analistas de mercado, o novo presidente da Eneva, Pedro Zinner, destacou a mudança no cronograma de pagamentos de dívidas executada ao longo do ano passado, desconcentrando as amortizações inicialmente previstas para este ano. Com a rolagem por dois anos do empréstimo-ponte tomado junto ao mercado no valor de R$ 735 milhões, as dívidas programadas para 2017 caíram de R$ 1,122 bilhão para R$ 239 milhões. A alavancagem foi decrescida também em razão da amortização de dívida, liquidada em fevereiro deste ano, da Parnaíba Gás Natural no valor de R$ 165,4 milhões.

Com a finalização das obras de projetos relevantes, como Parnaíba II, os investimentos da empresa caíram 65% na comparação entre 2015 e 2016, passando de R$ 725,6 milhões para R$ 256,4 milhões no ano passado. Para 2017, a companhia prevê um aporte de aproximadamente R$ 300 milhões no desenvolvimento dos novos campos de gás Gavião Caboclo e Gavião Azul, que serão destinados ao atendimento da demanda do Complexo Parnaíba. Já no programa de manutenção de usinas existentes, a Eneva deve investir cerca de R$ 100 milhões, especialmente nas térmicas a carvão Pecém II e Itaqui.