A Eletrobras encerrou o ano de 2016 com um lucro de R$ 3,5 bilhões ante o prejuízo de R$ 14,2 bilhões de 2015. Esse resultado dividido por segmento de operação é atribuído aos ganhos de R$ 18,4 bilhões em transmissão no regime de O&M e da administração com R$ 3,9 bilhões, compensados pelas perdas de pouco mais de R$ 5 bilhões em geração, de R$ 1,2 bilhão em transmissão no regime de exploração e R$ 6,6 bilhões no segmento de distribuição. O lucro foi atribuído principalmente ao reconhecimento dos valores da RBSE que foram contabilizados depois da edição da Portaria No. 120 do MME, de abril de 2016.

O resultado Ebitda (antes de juros, impostos, amortização e depreciação) saiu do negativo em 2015 para R$ 19,8 bilhões em 2016. Já o indicador ajustado, onde se exclui efeitos como Celg, RBSE, despesas com a investigação e seus achados, entre outros, o resultado operacional da estatal apresenta elevação de 33%, passando a R$ 3,5 bilhões no ano passado.
A receita operacional líquida gerencial somou R$ 26 bilhões, um montante 3,4% superior a 2015. A receita operacional líquida somou R$ 60,7 bilhões, um volume 86,4% acima do ano anterior, nesse sentido o segmento de geração somou R$ 18,9 bilhões, queda de 5,1%. O destaque foi o segmento de transmissão que teve no ano o reconhecimento contábil da RBSE que elevou a receita de R$ 5,6 bilhões para R$ 33,6 bilhões, sem esse efeito a receita do segmento teria recuado 11,7%. Já as distribuidoras apresentaram queda de receita de 0,8% passando para R$ 16 bilhões.
Em termos de energia vendida pelas geradoras em 2016 houve um crescimento de 2,5% para 162,1 TWh de energia sendo que Itaipu respondeu por 91,1 TWh. Já em distribuição houve um aumento de 2,1% no ano, passando de 29,8 TWh para 30,4TWh, já que a empresa ainda contabilizou a energia vendida pela Celg no ano com 13,1 TWh, sendo que os 17,3 TWh restantes foram divididos entre as outras seis distribuidoras que ainda fazem parte da estatal. Como a venda da distribuidora goiana teve o contrato de venda junto à Enel assinado apenas em fevereiro deste ano os números apresentados refletem a consolidação dos resultados de 2016 em sua completude. A partir de 2017 é que essa empresa deixará de aparecer nos resultados da estatal.
A dívida líquida da Eletrobras encerrou o ano de 2016 em R$ 23,4 bilhões, aumento de 37,6% ante o encerramento de 2015. Os investimentos da empresa somaram R$ 8,7 bilhões ante uma previsão de R$ 11,5 bilhões, ou seja, uma realização de 76% do estimado pela companhia para o ano passado.
No trimestre a empresa reportou prejuízo de R$ 6,3 bilhões e o resultado ebitda ainda ficou negativo no período, mas melhorou de um montante de R$ 8,5 bilhões para R$ 4,8 bilhões.  A receita operacional líquida somou R$ 12,3 bilhões aumento de 56% ante o mesmo período de 2015. A energia vendida pelo segmento de geração aumentou 17%, para 29 GWh e em distribuição esse montante ficou em 7,8 GWh, queda de 3% ante o mesmo trimestre de 2015.
Entre os destaques do ano de 2016 estão o aumento da capacidade instalada de geração de 1.465 MW e outros 1.766 quilômetros de linhas de transmissão.