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O plano de concessões do segmento de transmissão elaborado pelo governo federal deverá continuar sentindo falta das subsidiárias da Eletrobras por mais um ano. A tendência é de que as empresas Furnas, Eletronorte, Eletrosul e Chesf possam retomar sua atuação nos certames apenas em 2018, quando os passivos que as empresas possuem atualmente estejam equacionados. E dessas quatro empresas, a primeira a estar apta às disputas é a Eletronorte.

De acordo com o diretor de transmissão da Eletrobras, José Antônio Muniz Lopes, disse que no ano que vem as empresas poderão estar prontas para entrar nas disputas novamente. “Eu acredito que em 2017 ainda não [disputar leilão de transmissão], mas espero que em 2018 tudo esteja reorganizado, já tenhamos eliminado os principais passivos e aí sim. Além disso, esperamos começar a receber a RBSE e, com a garantia que teremos recursos, poderemos voltar. Em 2018 já teremos condições de retomar nossa participação, até porque o Brasil está precisando”, comentou ele à Agência CanalEnergia, após o evento oficial de posse de Luiz Fernando Vianna na diretoria brasileira de Itaipu.
De todas, a avaliação de Muniz é de que a Eletronorte será a primeira a resolver as pendências que levam a Aneel a declarar as subsidiárias inaptas ao leilão de transmissão. Já a Chesf é reconhecidamente a que detém mais problemas. Mas, comentou Muniz, todas têm questões como a Eletrosul que possui um grande programa de transmissão no sul e que no momento negocia a venda de ativos com uma empresa chinesa. Por sua vez, relatou o executivo, Furnas apresenta atrasos em SPEs onde é minoritária. A estimativa de no ano que vem poder entrar nos leilões é observada para todas as subsidiárias.
Um dos pontos que mais estão no radar da Eletronorte é a solução para a linha de transmissão que conectará a ultima capital brasileira ao SIN, Boa Vista. O trecho passa por uma área indígena Waimiri-Atroari e que por não ter sido realizada consulta à população local a Funai não viabilizou o licenciamento ambiental. À época a SPE TNE, que arrematou o trecho, era formada pela subsidiária da Eletrobras com 49% e a Alupar com os 51% restantes do capital social.
No momento, lembrou Muniz Lopes, o assunto está com o MME que busca negociar uma solução para o impasse junto aos índios. Entre as alternativas, comentou ele, pode ser a manutenção do trecho atual ou encontrar uma outra alternativa. “Esse problema é sério e grave, o suprimento a Roraima ainda está sendo feito basicamente pela Venezuela no sistema Guri e por térmicas que fornecem energia muito cara, por isso é importante que o Brasil tenha o equacionamento dessa questão o mais rápido possível”, opinou o diretor de transmissão da estatal.
Inclusive, disse ele, apesar de a Alupar, líder do consórcio ter declarado que desistiu do projeto, não está descartada a possibilidade de, ao se encontrar a saída para destravar o empreendimento, que a parceria seja retomada.
*Enviado Especial