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A competição e a atratividade reveladas no último leilão de transmissão despertaram o apetite de vários players para o setor. Após a Engie Brasil se declarar disposta a participar do próximo leilão, na última semana, a Celesc lançou edital à procura de um parceiro para formar Sociedade de Propósito Específica e disputar os lotes 21 e 22 do leilão de LTs de abril. Os lotes ficam localizados no estado de Santa Catarina, área de influência da estatal. O lote 21 compreende as LTs Abdon Batista – Siderópolis; Biguaçu – Siderópolis 2 C1; Campos Novos – Abdon Batista C2; Siderópolis 2 – Forquilhinha C1; Siderópolis 2 – Siderópolis CD e a SE Siderópolis 2. Já o lote 22 é composto pela SE 525 kV Biguaçu.
De acordo com diretor de Geração, Transmissão e Novos Negócios da empresa, Enio Andrade Branco, o êxito com a experiência obtida quando a Celesc, junto com Alupar e Taesa, formou a ECTE – que arrematou lote no leilão de LTs e já está em operação – aliado ao objetivo de atuar em novos negócios motivaram a decisão. O diretor também não esconde que a melhoria nas condições de retorno, propiciada principalmente pelo aumento das RAPs e do Wacc, deu fôlego importante. “Como desejamos aumentar nossa presença no mercado, temos o desejo de entrar nesse leilão e estamos selecionando parceiros”, afirma.
O perfil do parceiro ainda está em aberto, segundo o executivo. Ele poderá vir a ser tanto um player quanto um fundo de investimento com presença no setor. A Celesc será minoritária na composição dessa futura SPE. No próximo dia 31 de março deve ser divulgada a resposta da chamada pública, revelando quem será o parceiro da empresa. Caso a Celesc não consiga formar a SPE, ela não participa do leilão de LTs. Com pouca vivência na área, ela espera a formação da sociedade para analisar detalhadamente as LTs. A aposta é que o leilão seja alvo de intensa disputa.
O desempenho da Equatorial no último certame, em que ela saiu como a maior vencedora na sua estreia na transmissão, arrematando vários lotes, vai servir de inspiração para a empresa catarinense. “Foi uma presença espetacular”, elogia Branco. Segundo o executivo, o sucesso no certame de abril pode tornar a presença da Celesc constante nos futuros leilões de LTs. “Há no nosso plano diretor uma busca por novos negócios, no que aparecer lotes em Santa Catarina, vamos adotar as mesmas medidas para tentar atrair parceiros privados”, avisa.