A Copel reportou um lucro líquido de R$ 947,8 milhões no ano de 2016, uma queda de 25,1% na comparação com 2015, quando o resultado alcançou R$ 1,3 bilhão. O resultado ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) apresentou uma redução de 1,8%, passando de R$ 2,8 bilhões para R$ 2,75 bilhões em 2016. Apesar dessa retração houve aumento na margem, passou de 18,8% para 21% no ano, mas a margem líquida e a operacional caíram 1,3 ponto porcentual e 0,7 p.p., respectivamente.
Em 2016 a receita operacional líquida da Copel teve uma redução de 12,3% ante um ano antes, totalizando R$ 13,1 bilhões, reflexo da menor receita de suprimento de energia, decorrente do menor volume de energia vendida pela UTE Araucária. Contudo, essa linha do balanço foi compensada parcialmente pelo registro de R$ 809,6 milhões em disponibilidades por conta do reconhecimento dos valores contábeis do RBSE.
O segmento de Geração e Transmissão apresentou um lucro líquido de R$ 904,5 milhões no ano de 2016, queda de 12%. No trimestre esse resultado ficou em R$ 144,2 milhões negativos. Os aportes em todo o ano nesses dois segmentos somaram R$ 1,9 bilhão, aumento de 36,8% ante 2015. Já a distribuidora do grupo apresentou prejuízo de R$ 159,3 milhões no ano passado ante ganhos de R$ 206 milhões de 2015. Na base trimestral houve ganhos de R$ 70,7 milhões, recuo de 34,5%. Os investimentos anuais da Copel-D somaram R$ 777 milhões, aumento de 18,4% ante 2015. A empresa destacou em seus resultados que entende ter o direito ao reconhecimento da sobrecontratação involuntária de R$ 115,8 milhões.
O mercado fio da Copel, composto pelo fornecimento de energia ao ACR, ACL e outras concessionárias e permissionárias, apresentou queda de 2% em comparação a 2015. O cativo recuou 7,1% e o ACR disparou 30,4% no acumulado do ano. Já a demanda de outras concessionárias caiu 11,8% nesse período. Somente no último trimestre o ACR apresentou queda de 13,4% e o ACR aumentou mais de 70%, levando o mercado total da Copel a recuar 2% entre outubro e dezembro. O total de energia vendida pela Copel, considerando as vendas junto a CCEE, comercializadora e parques eólicos, apresentou crescimento anual de 1%, para 44.520 GWh.
No trimestre encerrado em dezembro, a Copel apresentou prejuízo de R$ 109,8 milhões revertendo os ganhos do mesmo período de 2015 que foram de R$ 402,1 milhões. O resultado operacional caiu 78,4% de R$ 1,2 bilhão para R$ 254,3 milhões. A receita operacional liquida da Copel alcançou R$ 3,4 bilhões no quarto trimestre do ano passado. Os aportes no período somaram R$ 830,7 milhões, elevação de 4,6% ante os três meses que encerraram 2015.
Os investimentos da empresa no ano somaram R$ 3,6 bilhões em 2016, elevação de 51,2% ante 2015. Nesse montante estão incluídos aportes,, adiantamentos para futuros investimentos e aumentos de capital. A dívida líquida da Copel era de R$ 8,6 bilhões em dezembro. A estimativa de investimentos em 2017 pela Copel é de R$ 2 bilhões, desse valor 59,4% destina-se aos aportes em geração e transmissão de energia. No segmento de distribuição capex planejado é de R$ 630 milhões.