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A inadimplência, a migração de clientes para o mercado livre e a queda do consumo em razão da crise econômica do país prejudicaram o resultado financeiro da Copel Distribuição em 2016, afirmou o novo presidente da holding, Antônio Guetter. Porém, a companhia conseguiu melhorar seus indicadores de qualidade DEC e FEC, que medem a duração e a frequência das interrupções no fornecimento de energia elétrica, bem como conseguiu reduzir custo com pessoal com a saída de 200 funcionários. O DEC apurado ficou em 10,82 horas e o FEC em 7,23. O limite regulatório era de 13,61 para o DEC e 9,24 para o FEC.

Em 2016, a empresa viu seu mercado encolher em 2%, o que gerou uma frustração de receita de R$ 89,2 milhões. A inadimplência também foi considerável ao longo do ano passado, chegando a quase 2% em janeiro e terminando dezembro em 1,61%. Com isso, a Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (PCLD) totalizou R$ 171 milhões, R$ 123 milhões acima da cobertura tarifária. A provisão para disputas judiciais também ficou elevada, em R$ 581,6 milhões.

“Fizemos um plano de cinco anos para atingir nosso patamar regulatório e começamos a receber os frutos desse plano com a inversão da curva de custo da distribuidora. Mas o nosso grande vilão foi o PCLD. A inadimplência foi muito acima, principalmente pelo aumento da tarifa”, destacou o executivo nesta quarta-feira, 29 de março, em conversa com analistas de mercado.

“Fizemos uma ação rigorosa no PCLD e tivemos um resultado significativo, mas infelizmente tivemos algumas grandes empresas que entraram em concordata que nos pegou de surpresa. Porém, o que tinha de ruim para acontecer já aconteceu”, tranquilizou.

De acordo com o diretor da Copel Energia, Franklin Miguel, o aumento do preço da energia incentiva no mercado livre fez desacelerar a migração de novas cargas em 2017. “Quem está migrando são os consumidores incentivados e a energia está mais cara. Os que estão migrando são aqueles que tomaram a decisão em 2016. Provavelmente a migracão voltará em 2018.”

A Copel Distribuição está com um nível de sobrecontratação de 107% em 2017, dois pontos percentuais acima do limite permitido para que haja o repasse à tarifa. Esse tema, porém, não preocupa a distribuidora, pois há perspectiva é que esses contratos sejam absorvidos após discussões com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). “Todos os mecanismos que Aneel está colocando vão resolver. Não vemos isso como um problema”, disse Guetter. 

Além disso, como o Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) está mais alto neste ano, essa sobra pode ser liquidada no mercado de curto prazo, reduzindo eventuais prejuízos para os acionistas da companhia.