Os empreendimentos de Furnas geraram, em 2016, cerca de R$ 155 milhões em Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos (CFURH), conhecida como royalties da água. As administrações estaduais e 155 municípios de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Mato Grosso, e Distrito Federal foram beneficiadas com os recursos, além de órgãos do Governo Federal. A empresa ficou atrás apenas da Copel, com R$ 175,1 milhões e da Engi Brasil Energia, com R$ 192 milhões.
Nos últimos 10 anos, Furnas pagou aproximadamente R$ 1,6 bilhão para a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que repassou o valor aos estados e municípios pelo uso de recursos hídricos para geração de energia. Do valor total de repasses, R$ 124,7 milhões foram destinados às administrações estaduais e municipais, cabendo R$ 62,3 milhões para cada parte.Minas Gerais liderou o ranking dos estados, com repasse de R$ 31,3 milhões, seguido de Goiás (R$ 18,5 milhões), São Paulo (R$ 8,9 milhões), Rio de Janeiro (R$ 1,9 milhão) e Mato Grosso (R$ 1,5 milhão). Entre os municípios, Niquelândia (R$ 5,6 milhões), em Goiás, Frutal (R$ 4,4 milhões) e Sacramento (R$ 3,2 milhões), ambos em Minas Gerais, foram os que receberam as maiores quantias.
 
Em 2016, a Agência Nacional de Águas (ANA) recebeu R$ 17,2 milhões, enquanto o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) ficou com R$ 5,5 milhões, e os Ministérios do Meio Ambiente e de Minas e Energia recolheu R$ 4,1 milhões cada.
A CFURH paga por Furnas é referente à utilização dos recursos hídricos para a geração de energia nas usinas de Funil e Simplício (RJ), Furnas (MG), Mascarenhas de Moraes (SP), Serra da Mesa e Corumbá I (GO), Luiz Carlos Barreto de Carvalho e Marimbondo (SP/MG), Batalha e Itumbiara (MG/GO), Porto Colômbia (MG/SP) e Manso (MT).
Adicionalmente Furnas possui participação acionária em usinas que em 2016 pagaram R$ 133,4 milhões em royalties da água: Santo Antônio (39%), em Rondônia; Baguari (15%) e Retiro Baixo (49%), em Minas Gerais; Peixe Angical (40%), no Tocantins; Foz do Chapecó (40%), entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul; Serra do Facão (49,47%), em Goiás; e Teles Pires (24,5%), entre Mato Grosso e Pará. 
A CFURH é equivale a cerca de 7% de toda a energia produzida mensalmente pelas hidrelétricas, valorada pela TAR – Tarifa Atualizada de Referência, determinada pela Aneel. A quantia é repartida entre estados e municípios localizados na área de influência dos reservatórios das usinas da empresa e órgãos da administração direta da União. A Aneel gerencia a arrecadação e a distribuição dos recursos. A compensação é repassada mensalmente e não pode ser usada para pagamento de folha de pessoal ou para quitar dívidas, exceto as contraídas junto à União.
Em 2016, 711 municípios de 22 estados receberam R$ 751.671.290,95 em royalties da água. São Paulo teve o maior número de municípios beneficiados com 193, seguido por Minas Gerais, com 152, e Paraná, com 69. Em valores, porém, o estado do Paraná aparece em primeiro com R$ 133,2 milhões arrecadados.