A estimativa da Thymos Energia é que o leilão de descontratação de energia de reserva deve movimentar 1.500 MW med de usinas eólicas e solares de pequeno porte. O cálculo da consultoria considera o volume de projetos contratados nos últimos anos e que estão sendo implantados de modo adequado.
De acordo com a diretora da Thymos Energia, Thais Prandini, esses empreendimentos que podem se enquadrar no leilão empreendimentos mal estruturados ou que tiveram problemas por conta da crise econômica dos últimos anos. A viabilização dessas usinas com problemas demandaria investimentos de R$ 3 bilhões. O movimento de descontratação pode ser benéfico para o setor, tornando possível o desenvolvimento de novos projetos. Para a diretora da Thymos, dependendo do tamanho da multa aplicado no certame, a saída de cena de projetos pode mudar o retrato atual de sobreoferta, abrindo espaço para a realização de novos leilões de contratação de energia.
Embora frisando que a fonte terá poucos projetos no leilão de descontratação, a Associação Brasileira de Energia Eólica elogia a disposição do governo de realizar esse leilão reverso. De acordo com Elbia Gannoum, presidente executiva da Abeeólica, a iniciativa de tirar esses projetos do escopo do planejamento é válida. "Você precisa retirar a energia de papel do sistema para sobrar espaço para a contratação por duas razões: segurança de suprimento e sinal de investimento", afirma.
A presidente-executiva da Abeeólica relaciona os projetos envolvendo a fabricante de aerogeradores Impsa como as usinas eólicas que têm chances de entrar nesse leilão, já que por conta da falência dela, ainda não foram implantados. A expectativa é que a fonte solar tenha mais projetos no leilão reverso.