O que Itaipu gerou de janeiro a março deste ano seria suficiente para atender uma cidade como Curitiba durante cinco anos e três meses. A produção de Itaipu no primeiro trimestre já a coloca em segundo lugar, hoje, quando comparada à produção anual entre todas as 4.500 plantas de geração elétrica do Brasil.
Para o novo diretor-geral brasileiro de Itaipu, Luiz Fernando Vianna, que assumiu o cargo no dia 23 de março e está acumulando também a diretoria Técnica, o resultado operacional até agora é bastante satisfatório, porque a usina está sabendo otimizar a produção, mesmo numa situação hidrológica mais adversa que em anos anteriores.
Ele lembra que, embora estejamos no período úmido do ano (em que normalmente há mais chuvas sobre a Bacia do Rio Paraná), a Itaipu não teve nenhum vertimento no período. Isso significa que estamos num ano mais seco que 2016, o que obriga Itaipu a utilizar, com mais eficiência, toda a água que chega ao reservatório para a geração de energia. Para garantir a produção no nível mais elevado possível em 2017, com a adversidade de afluências prevista, Vianna diz que será preciso manter uma estratégia aprimorada de operação e manutenção.
No primeiro trimestre, o Fator de Capacidade Operativa, que mede a eficiência na utilização das águas, foi de 100% em Itaipu. "Isso é resultado de um trabalho de coordenação muito complexo, uma vez que depende da performance das diversas áreas da Diretoria Técnica da usina, como engenharia, obras/montagens, manutenção e operação, assim como da parceria contínua entre a Itaipu e empresas envolvidas em sua cadeia produtiva, como a Eletrobras, a paraguaia Ande, o Operador Nacional do Sistema, a Copel e Furnas."