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Um El Niño moderado vai fazer com que o período úmido seja extremamente severo com os reservatórios das hidrelétricas. Mesmo com um volume de chuva, os meses de novembro e dezembro serão problemáticos, com afluências irregulares fora das cabeceiras. De acordo com Patrícia Madeira, diretora do Climatempo, as chuvas em outubro terão um desempenho positivo, o contrário dos meses seguintes. “O maior efeito do El Niño vai ser na entrada do período úmido e na irregularidade da chuva, além de manter as temperaturas mais altas que o normal”, avisa ela, que participou nesta segunda-feira, 3 de abril do Agenda Setorial 2017 – Abastecimento e Preço, realizado no Rio de Janeiro (RJ).

A expectativa é bem diferente do que aconteceu no ano anterior, de hidrologia boas e chuvas fartas no período úmido. Ainda de acordo com a diretora do Climatempo, a previsão dessa vez é que após o período úmido, estaremos “devendo água”. Outro aspecto apontado por ela é que de outubro a março, chuvas no Norte da região Nordeste vão prejudicar a geração eólica, com ênfase nos meses de janeiro, fevereiro e março. A alta na temperatura da zona de convergência do Equador traz as chuvas. Em contraponto, os ventos na Bahia, outro pólo de geração eólica devem ser bons.

A região Nordeste vai continuar sofrendo os efeitos da seca que já perduram por anos. O El Niño vem castigando a região do rio São Francisco. Açudes de vários estados, como o Ceará, estão com volume abaixo de 20%. “Falta de água é um problema geral no Nordeste e vai continuar durante um bom tempo”, avisa. A evolução da previsão do clima vem atraindo os olhares não só do setor elétrico, mas de toda a sociedade. Para Patricia Madeira, com o acerto das previsões, as pessoas começam a acreditar nelas. “Aquela coisa que não dá para prever o dia seguinte, está ficando no passado”, observa.