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Furnas pretende inscrever parques eólicos no leilão de descontratação de energia, que será realizado pelo governo. A empresa possui parques que ainda não entraram em construção. As usinas em questão são os complexos eólicos Famosa, Fortim, Punaú e Baleia, que somam 462 MW de capacidade instalada. A estatal tinha contratos de fornecimento dos aerogeradores com a fabricante Impsa, que entrou em processo de falência. Os referidos contratos foram rescindidos em agosto de 2014. Desde então, o desenvolvimento desses projetos vem sendo questionado. De acordo com o presidente de Furnas, Ricardo Medeiros, a inscrição dos projetos se justifica pela não equação financeira do projeto. “Agora não traz mais o resultado que poderia trazer. Foi feito um plano de negócio em uma época que mudou todos os seus parâmetros”.
Ainda de acordo com o presidente, Furnas não tem grandes atrasos no seu cronograma de obras, podendo inclusive participar de um leilão de LTs. Segundo ele, a empresa deve fazer pequenos ajustes para acertar os prazos das obras. Maior empresa do grupo Eletrobras, ela vai ter um papel importante no processo de reestruturação. Segundo Wilson Ferreira, presidente do grupo, a ideia é que assim ela retome o seu protagonismo no setor. “Cada um de nós tem um compromisso com o resgate da Eletrobras e de suas subsidiárias e tudo aquilo que cada uma delas significa. São conquistas feitas por empresas estatais”, aponta.
Ferreira Junior, que juntamente com Ricardo Medeiros descartou o processo de abertura de capital apresentado pela gestão anterior da empresa, lembrou ainda que Furnas vai ser a sede do Centro de Serviços Compartilhados das empresas do grupo Eletrobras, que vai integrar processos, pessoas, anular redundâncias e reduzir custos operacionais. Até 2018, todas as empresas estarão com os seus serviços transacionais nesse centro.