A Empresa de Pesquisa Energética prevê a contratação de 10 a 15 mil MW médios até 2026. O número, que abrange o mercado na sua totalidade, deve estar inserido no Plano Decenal de Energia, que tem a expectativa de ser apresentado ainda no primeiro semestre. O anúncio foi feito em apresentação durante a Agenda Setorial 2017, realizada na última segunda-feira, 3 de abril, no Rio de Janeiro (RJ). De acordo com Luiz Barroso, presidente da EPE, a real demanda de energia vai ser feita pelas distribuidoras, quem determina a intensidade da contratação nos leilões. Uma vantagem, que, segundo Barroso, também pode potencializar a contratação, é a possibilidade da realização de leilões entre quatro e até seis anos de prazo para implantação. "Essas ferramentas, que em conjunto com o sequenciamento dos leilões de energia, existente, são aquela que serão consideradas pelo poder concedente nos leilões", avisa.
 
O presidente da EPE também considerou como boa a proposta de antecipar o fim do contrato das térmicas a óleo. Essas usinas são consideradas caras quando acionadas e poderiam dar lugar a empreendimentos mais baratos, menos poluentes e impactantes para a matriz. Segundo Barroso, para que ela seja posta em prática, ela não pode ter a conotação de ruptura de contrato. O êxito do leilão de descontratação também é um outro fator que pode auxiliar. Para ele, é preciso saber se com os mecanismos existentes e organizando a discussão, a ação possa ser feita. "A ideia tem um viés interessante", observa.