“Acreditamos nos mercados de carros elétricos e de energia limpa. Por isso, decidimos apostar nisso. Mas não é uma aposta de curto prazo. Nosso objetivo é, em 10 anos, quando surgir uma demanda maior no país, estarmos à frente”, detalha Spartacus Pedrosa. O diretor explica que para atender o mercado do futuro é preciso desenvolver tecnologia agora. “Queremos, por exemplo, buscar um modelo de bateria que tenha a mesma vida útil do carro. Hoje, um carro elétrico custa R$ 100 mil e só a bateria é R$ 12 mil. Aí você gasta os R$ 100 e a bateria acaba. Você vai desembolsar R$ 12 mil em outra. Queremos mudar isso e, talvez, oferecer uma durabilidade inédita”, completa.
A grande vantagem das baterias de lítio é que elas pesam metade de uma bateria normal e conseguem, também por causa disso, fornecer o dobro de autonomia a um carro elétrico do que a bateria de chumbo. Contudo, o preço também costuma ser o dobro, até o triplo, e elas não são 100% recicláveis, como as de chumbo. “Quando o mercado estiver maduro, nossa ideia é fornecer opções mais avançadas do que as atuais. Por isso, estamos fechando também parcerias com o Porto Digital para pesquisar componentes que tornem as baterias mais inteligentes (internet das coisas). Queremos que elas conversem com o motorista”, reforça Pedrosa.