O consumo de gás natural no Estado de São Paulo somou 756 metros cúbicos (m³) no primeiro bimestre do ano, quantidade 11,25% menor que o verificado nos mesmos meses de 2016, quando atingiu 851 milhões de m³. A maior queda no consumo de gás natural no Estado foi registrada no setor de termogeração, que passou de 112 milhões de m³ no primeiro bimestre de 2016, para 3 milhões de m³, uma queda de 97,3%. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 10 de abril.

Para João Carlos Meirelles, secretário de Energia e Mineração de São Paulo, a recuperação dos reservatórios com o regime de chuvas mais intenso na região fez com que as atividades das termoelétricas diminuíssem seu ritmo. "Já nos demais setores a situação foi inversa, apresentando aumento no consumo do gás, o que representa uma expansão do gás natural na matriz energética paulista”, explica.

Ao contrário do setor de termogeração, a cogeração de energia elétrica (sistemas de geração distribuída de energia elétrica) apresentou um crescimento de 11,6%, passando de 44 milhões de m³ no primeiro bimestre de 2016 para 49 milhões de m³ em 2017.

As residências apresentaram no período um aumento de 9,4%, com quase 36 milhões de m³ consumidos, o setor comercial teve elevação de 8,3%, com 23 milhões de m³ e o setor automotivo um acréscimo de 3%, com 34 milhões de m³ de gás natural.
A indústria, setor que mais consome gás natural no Estado de São Paulo, praticamente manteve seu consumo estável, com aumento de 0,4%, totalizando 610 milhões de m³ consumidos nos dois primeiros meses deste ano. Em 2016, os paulistas consumiram 5 trilhões de m³ de gás canalizado, contra 6 trilhões de m³ em 2015.