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O desafio tecnológico que a modernização das redes de distribuição e implantação das redes inteligentes traz para o Brasil faz com que seja necessário o debate sobre os riscos e a segurança dos investimentos. A Silver Spring, que atua na Europa, Ásia e Estados Unidos, está atenta aos movimentos do mercado. De acordo com Helder Bufarah, diretor de Tecnologia da empresa, preocupação é descobrir um modelo de negócio consistente de modo que garanta a aplicação desses avanços. “A preocupação do mercado é que haja um business case consistente para que isso seja implantado da melhor forma possível”, avisa Bufarah, que na última semana participou, em Salvador (BA), da Utilities Technology Council, de painel sobre o tema.
O diretor da Silver Spring vem sentindo uma retomada nas intenções das distribuidoras em aplicar tecnologia para as redes. Segundo ele, com a renovação das concessões das distribuidoras, as metas para os indicadores de qualidade ficaram mais rigorosas, o que vai demandar mais investimentos. “Dificilmente elas serão atingidas sem investimento em tecnologia”, avisa. A tarifa horária também é um outro aspecto que ele vê como atrativo de investimentos. Ele sente que hoje há mais empenho e sensibilidade do órgão regulador para o reconhecimento dos investimentos executados em redes inteligentes.
A empresa, que tem origem no vale do silício americano, já tem um contrato no Brasil com as distribuidoras do grupo CPFL para que todos os consumidores da alta tensão estejam em redes inteligentes. Na automação, há um contrato em andamento com mil chaves instaladas e com promessa de ter mais 400 instaladas até o fim do ano.
Embora ainda incipientes, a geração distribuída e o armazenamento de energia também estão no radar do executivo, assim como a adoção de padrões abertos. “Esse cenário novo antes não existia e agora começa a existir para a distribuidora”, observa. Mesmo com o país sem estar no mesmo patamar em que outros em que a Silver Spring já atua, ele acredita na aceleração do mercado local.
E é essa atuação em mercados já estabelecidos como o americano o australiano que faz com que a Silver Spring preveja uma entrada tranquila no país. Com as suas soluções já maduras pelo prazo de implantação, ela se considera pronta para atuar no mercado brasileiro, com desenvolvimento e produção local. Para que isso aconteça, ele pede um break even no mercado. “Queremos colocar o Brasil no mapa da evolução da nossa plataforma, com desenvolvimento e produção local. Estamos otimistas com o mercado evoluindo”, conclui.