A Agência Nacional de Energia Elétrica aprovou um projeto de Pesquisa e Desenvolvimento proposto pela Cemig que será executado pela Alsol Energias Renováveis. As soluções que serão desenvolvidas permitirão o armazenamento da energia fotovoltaica para uso em horário de ponta – quando não há incidência de raios solares, a reutilização de equipamentos e economia financeira, tanto para concessionárias quanto para consumidores. A Alsol é uma empresa acelerada pelo grupo Algar. O projeto, que tem duração de quatro anos e orçamento de R$ 21 milhões, será executado pela Alsol em conjunto com a Universidade Federal da Paraíba e o Instituto Federal do Rio Grande do Norte.

Gustavo Malagoli, presidente da Alsol e responsável pelo projeto, explica que serão desenvolvidas soluções com baterias que farão a estocagem da energia solar absorvida durante o dia e que serão conectadas à rede elétrica para utilização nos horários de ponta. Um hardware possibilitará que o mesmo equipamento seja utilizado para liberar a energia solar na rede, sem necessidade de troca do inversor fotovoltaico por um modelo híbrido, que possui alto custo. A tecnologia poderá ser utilizada em milhares de conexões de energia fotovoltaicas já existentes no Brasil e no mundo.

Outra solução que será originada no projeto são laboratórios itinerantes de geração distribuída compartilhada, que poderão ser utilizados em locais remotos onde ainda não houve investimentos na rede. Será injetado 1,2 MW – o equivalente a 300 chuveiros elétricos ligados simultaneamente ou 5,4 mil banhos de 10 minutos por dia, de segunda a sexta-feira, em protótipos que serão instalados em Uberlândia (MG), Natal (RN), João Pessoa (PB) e São Domingos de Pombal (PB). O protótipo de Uberlândia é responsável por 83% da potência total, sendo 1 MW injetado em um único ponto.

Além dos produtos, estão previstas no projeto a realização de capacitações profissionais e publicações de artigos e registros de patentes. Parte das baterias utilizadas no projeto será reaproveitada a partir dos datacenters das empresas do grupo Algar. O uso delas será esgotado até o tempo limite de vida útil.