As utilities de energia vão continuar guiando os investimentos de mercado na adoção das redes inteligentes. O diretor de Tecnologia da Silver Spring, Helder Bufarah, não vê as utilities de água e gás conseguindo acompanhar o mesmo ritmo. Ele participou no início do mês de seminário na Bahia sobre o tema. "Vemos como futuro provável o compartilhamento de infraestrutura de rede, mas capitaneados pela energia", afirma.
Apesar de colocar as utilities do setor elétrico na ponta, Bufarah vê potencial nas outras áreas. Nas concessionárias de água, a recente preocupação com o uso da água tem causado movimentações. Ele vê soluções contra perdas de água como um campo de atuação. Água demanda atenção pela perda, que é maior que de energia", avisa. Em países como os Estados Unidos, compartilhamento tende a ser mais fácil devido as empresas oferecerem mais de um serviço, como gás e energia.
A área de iluminação pública é outra em que o diretor da Silver Spring vê como grande mercado para redes inteligentes. Segundo ele, a mudança da legislação, em que a prefeitura tem que cuidar desses ativos de iluminação, traz boas oportunidades. As próprias cidades têm vislumbrado vantagens além da inserção do LED, como a eficiência energética, que vai trazer queda no consumo e auxílio na remuneração do serviço e a tele gestão. Essa é a vantagem que anima Bufarah. Ele conta que será possível a gestão individual de todas os ativos de iluminação, o que vai fazer com que se registre itens como o número de lâmpadas apagadas e o seu tempo de religamento, otimizando o desempenho. "Estamos vendo também que plataformas de rede de comunicação vão evoluir na área de utilities, mas também na seara das cidades inteligentes", conclui.