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Querendo buscar o seu espaço no mercado da eficiência energética industrial, a Bree – Nova marca da Inepar Capacitores – aposta no seu próprio histórico de atuação e na demanda reprimida do setor para ter êxito. Única fabricante brasileira de capacitores, ela foi comprada do grupo Inepar por um grupo de funcionários e de investidores externos após as dificuldades financeiras do Grupo Inepar. De acordo com o diretor Ricardo Woitowicz, a área é considerada uma janela de oportunidades no atual momento econômico. “Mesmo com a crise do setor industrial e a retração da indústria, continuamos a ver crescimento”, avisa. A expectativa é faturar R$ 45 milhões em 2017, 30% a mais que 2016 e ter um crescimento de 20% a partir desse ano.
Segundo o diretor, por conta da boa atuação na área de capacitores, vinham pedidos para soluções de eficiência. “Havia um mercado comprador, que demandava soluções, já que ela tinha um produto reconhecido e capacidade de implantar soluções no setor industrial”, avisa. Essa boa impressão aliada a possibilidade de crescimento foi um dos motivadores para a compra da empresa e a sua efetiva migração para a área de eficiência energética. Ela era considerada uma boa empresa dentro do grupo, mas restrita e negligenciada. “Quando decidimos pela aquisição, vimos uma empresa bem posicionada em um produto, mas que só tinha fonte de receita em um produto”, explica.
Com seu mercado concentrado na transmissão e distribuição de energia, a mudança que vem se desenhando na matriz brasileira, com as fontes intermitentes como a eólica tomando mais espaço, a necessidade de filtragem de harmônicos também apareceu com mais força. A empresa participou para prover soluções na filtragem das correntes em parques eólicos. “A mudança da matriz e a projeção de crescimento da GD começou a despertar interesses e demandas”, observa.
A preocupação do consumidor industrial vem sendo com a qualidade da energia, algo que está inserido na eficiência energética. Ele conta que muitas vezes a indústria se queixa da distribuidora, mas podem ser problemas causados pelos harmônicos. “Muitas vezes o problema que ele reputa ser externo, é interno. É um consumidor que tem grandes prejuízos e precisa de assessoria fundamentada”, aponta.
Para Woitowicz, o diferencial da Bree vai estar na qualificação do seu quadro de pessoal, que foi mantido após a compra. A engenharia de aplicação e diagnósticos e o pessoal especializado em harmônicos já eram de excelência na empresa. “Tudo isso temos na empresa, gente que já estava no grupo Inepar”, avalia o executivo. Outra meta da empresa com o novo dono é tornar as exportações significativas. Atualmente, apenas 5% do faturamento vem das vendas para o exterior e estão restritos à Argentina. Agora, a Bree já busca o Paraguai e participa de licitações em outros países da América Latina. Vendo uma consolidação do setor e demandas similares, a expectativa é promissora. “É um crescimento que estava represado”, explica.
O diretor da Bree também vê no financiamento um grande entrave ao desenvolvimento da eficiência energética no país. Segundo ele, grandes grupos querem investir no aumento da sua produção, mas esbarram nessa parte. A Bree pretende oferecer sua solução com financiamento.