O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica, Romeu Rufino, acredita que a despeito do ambiente de crise haverá interessados para quase todos os lotes da primeira etapa do leilão de transmissão nº 13, marcado para esta quarta-feira, 13 de abril. “Temos uma expectativa positiva, apesar de todo esse cenário”, revelou Rufino, após admitir que “o momento não é realmente propício para atrair investidor”.
No certame serão ofertados 24 lotes de concessões para a instalação de 6.500 km de linhas de transmissão em 20 estados brasileiros. O investimento previsto é da ordem de R$ 12 bilhões. “A nossa leitura é de que os avanços que nós conseguimos fazer nos editais tornaram mais atrativos [os projetos]”, justificou o diretor.
Dividido em duas fases – a primeira em abril e a segunda em 1º de julho – a licitação reúne conjuntos de empreendimentos importantes para o sistema interligado, que não tiveram interessados em eventos anteriores. Como esses projetos demandam investimentos elevados, em torno de R$ 24 bilhões, foi feita a reestruturação dos lotes de forma a tornar cada conjunto de instalações mais atrativo. Para Rufino, é possível que na segunda etapa prevista para meados do ano o cenário seja mais favorável.
O diretor lembrou que o planejamento da transmissão é determinativo, em razão da necessidade de atendimento ao sistema. Parte dos projetos incluídos tem como finalidade atender a carga, enquanto outros devem garantir a confiabilidade do sistema. “Tem instalações de toda natureza. Claro que nós organizamos os lotes de acordo com a nossa compreensão de prioridade”, explicou.
O governo trabalha com a possibilidade de um terceiro leilão de transmissão no fim do ano. Os lotes ainda serão montados e podem incluir eventuais sobras do dois primeiros pregões.
Veja os lotes incluídos na primeira etapa do certame:
Lote A- Ceará, Maranhão e Piauí
LT 500 kV Parnaíba III – Acaraú III C1, com 191 km;
– LT 500 kV Acaraú III – Pecém II C1, com 161 km;
– LT 500 kV Acaraú III – Tianguá II C1, com 150 km;
– LT 500 kV Bacabeira – Parnaíba III C1 e C2, com 2 x 312 km;
– SE 500 kV Bacabeira;
– SE 500 kV Parnaíba III e Compensador Estático (-150/300) Mvar;
– SE 500 kV Acaraú III;
– SE 500 kV Tianguá II.
Lote B – São Paulo
– LT 500 kV Estreito – Cachoeira Paulista C1 e C2, CS, 2 x 361 km
Lote C – Mato Grosso
– LT 500 kV Paranatinga –Ribeirãozinho – C3, com 355 km;
– CS 475 Mvar no terminal de Paranatinga;
– LT 500 kV Cláudia – Paranatinga – C3, com 350 km;
– CS 430 Mvar no terminal de Paranatinga;
– LT 500 kV Paranaíta – Cláudia C3, com 300 km.
Lote D- Santa Catarina
– LT 525 kV Campos Novos — Abdon Batista C2 – 39 km;
– LT 525 kV Abdon Batista – Siderópolis 2 CD – 261 km;
– SE 525/230 kV Siderópolis 2 (Nova) – (6+1) x ATF 224 MVA;
– SE 525 kV Biguaçu – Comp. Estático – (-100/+300 Mvar);
– LT 525 kV Biguaçu – Siderópolis 2 C1 – 149 km;
– LT 230 kV Siderópolis 2— Forquilhinha C1 – 28 km;
– LT 230 kV Siderópolis 2 – Siderópolis CD – 7,5 km.
Lote E – Bahia
– LT 500 kV Juazeiro III – Ourolândia II C1, com 186 km;
– LT 500 kV Bom Jesus da Lapa II – Gentio do Ouro II C1, com 260 km
Lote F – São Paulo
– LT 345 kV Bandeirante – Piratininga II C1 e C2, com 15 km cada (subterrânea)
Lote G – Rio de Janeiro e São Paulo
– LT 500 kV Fernão Dias – Terminal Rio, com 307 km;
– SE 500 kV Fernão Dias – Compensador Estático 500 kV – (-150/300) Mvar
Lote H- Alagoas, Bahia, Paraíba e Sergipe
– LT 500 kV Paulo Afonso IV – Luiz Gonzaga C2, 38 km;
– LT 500 kV Campina Grande III – Pau Ferro, com 136 km
Lote I – Rio Grande do Norte
– LT 230 kV João Câmara II – João Câmara Ill C1 e C2, CD, com 2×10 km;
– SE 500 kV João Câmara III – 500/230 kV (9+1Res) x 300 MVA.
Lote HI – Alagoas Bahia, Paraíba, Sergipe e Rio Grande do Norte
– composto pelas instalações dos Lotes H e I.
Lote J – Pará
– SE 500/230 kV Marituba – (3+1R) x 300 MVA;
– SE 230/69 kV Marituba – 2 X 200 MVA;
– LT 500 kV Vila do Conde – Marituba – 56,1 km;
– LT 230 kV Marituba – Utinga – C3 e C4 – 10,4 km;
– LT 230 kV Marituba – Castanhal – 68,6 km.
Lote K – São Paulo
– LT 440 kV Cabreúva – Fernão Dias C1 e C2, CD, com 71 km;
– SE 440 kV Bauru – Compensador Estático 440 kV (-125/250) Mvar
Lote L – São Paulo
– LT 500 kV Campinas – Itatiba C2, com 25,1 km.
Lote KL – São Paulo
– composto pelas instalações dos Lotes K e L
Lote M – Bahia
– LT 500 kV Ibicoara – Poções III, com 165 km;
– LT 230 kV Poções III – Poções II CD, C1 e C2, 2 x 2,5 km;
– SE 500/230 kV Poções III – (3+1Res) x 200 MVA
Lote N – Pará
LT 230 kV Xinguara II – Santana do Araguaia C1 e C2, CD, com 2 x 296 km;
– SE 230/138 kV Santana do Araguaia – 2 x 150 MVA, com transformação defasadora angular
Lote O – Mato Grosso
– LT 230 kV Paranatinga – Canarana, 262 km;
– SE 230/138 kV Canarana – pátio novo em 230 kV – (3+1R) x 40 MVA;
– SE 500/230 kV Paranatinga – pátio novo em 230 kV – (3+ 1R) x 40 MVA
Lote P – Tocantins
– LT 500 kV Miracema – Lajeado, C2, 30 km;
– LT 230 kV Lajeado – Palmas, C1 e C2, 60 km;
– SE Lajeado (pátio 500 kV e 2ª Transformação 3 x 320 MVA);
– SE 230/138 kV Palmas – 2 x 200 MVA.
Lote Q – Santa Catarina e Rio Grande do Sul
– LT 230 kV Torres 2 – Atlântida 2, com 63 km;
– LT 230 kV Torres 2 – Forquilinha, com 70 km;
– SE 230/69 kV Torres 2 (Nova), 2×83 MVA;
– SE 230/138/69 kV Tubarão Sul – 1 ATR 230/138 kV x150 MVA e 2 TR 230/69 kV 150 MVA
Lote R – Ceará
– SE 500/230 kV Sobral III – Compensador Estático 500 kV (-150/+250 Mvar);
– LT 230 kV Acaraú II – Sobral III C3, com 97 km
Lote S – São Paulo
– SE 440/138 kV Água Azul – (6+1R) x 100MVA
Lote T – Espírito Santo
SE 345/138 kV Rio Novo do Sul – 345/138 kV (6+1Res) x 133,33 MVA
Lote U – Espirito Santo
– SE 230/138 kV São Mateus 2 – (3+1R) x 50 MVA;
– LT 230 kV Linhares 2 – São Mateus 2 – 113 km
Lote V- Maranhão e Piauí
– LT 230 kV Ribeiro Gonçalves – Balsas – C2 – 95 km;
– SE 230/69 kV Caxias II – 2×100 MVA.
Lote W – Pará
– SE 230/138kV Onça Puma – pátio novo de 138 kV – 2 x 100 MVA
Lote X – Mato Grosso
– SE 500/138 kV Paranaíta – pátio novo 138 kV e Transformação (3+1R) X 50 MVA