A Chesf registrou no exercício de 2015 um prejuízo líquido de R$ 476 milhões, contra R$ 1,1 bilhão do ano anterior. O resultado deveu-se, principalmente, ao aumento conjuntural nos custos decorrentes de estimativas sobre o valor recuperável dos ativos sob concessão e da provisão de contratos onerosos, totalizando R$ 496 milhões; e de uma diminuição do resultado financeiro, no montante de R$ 583,7 milhões, pela revisão para menos dos valores a receber das indenizações da Lei 12.783/2013, ocorrida no quarto trimestre de 2015.
Mesmo com o prejuízo, a Chesf continuou como forte vetor do desenvolvimento regional, investindo R$ 2,3 bilhões em obras de geração e transmissão, principalmente no Norte e Nordeste, sendo R$ 1,3 bilhão em parceria com a iniciativa privada, em Sociedades de Propósito Específico.
Em 2015, a empresa atuou com foco no aumento de suas receitas e na redução dos seus custos. Foram destaques a redução de 44,1% nos custos com energia comprada para revenda, caindo para R$ 273,6 milhões; os R$ 186,4 milhões nos custos com combustíveis para a produção de energia, que representaram diminuição de 51,4%; o aumento de 33,7% na receita de fornecimento direto às indústrias, cujo valor somou R$ 299 milhões, decorrente da renovação dos contratos com consumidores industriais da região Nordeste; o aumento de 20,1% na receita do Sistema de Transmissão, com R$ 153,6 milhões; e o aumento de 46,5% na receita de venda de energia, ou R$ 70,9 milhões, no mercado de curto prazo.
Com isso, o Ebitda da Chesf chegou a R$ 546,5 milhões em 2015, contra o montante negativo de R$ 72,1 milhões em 2014, refletindo uma melhoria na geração interna de caixa da Chesf no exercício.