Tendo registrado um crescimento de 41% em 2015, a Tecnogera espera em 2016 conseguir um resultado ainda melhor. A expectativa da fornecedora de soluções para geração de energia é de dobrar de tamanho. De acordo com Jorge Moreno, Gerente Nacional de Vendas da Tecnogera, mesmo com uma meta agressiva, a boa performance de 2015 serve de incentivo para esse ano. "Apesar do mercado estar registrando um PIB negativo, a empresa conseguiu manter o crescimento. Já temos um crescimento garantido de 80% [do planejado] e até o fim do ano, devemos completar o restante", explica.

A empresa aposta suas fichas em setores que ela já vem consolidando a sua presença, como o do varejo, em que já atua desde a sua fundação, há dez anos, e o de mineração, que em 2015 teve bons resultados. "Em 2015 fechamos contrato com uma das maiores mineradoras do Brasil. Nesse setor temos um market share bastante interessante", observa. Outro segmento que deve turbinar o desempenho da empresa é o de Petróleo e Gás. A Tecnogera venceu licitação e vai ser o fornecedor da Petrobras para serviços Onshore e Offshore. "A empresa tinha uma baixa participação e esse ano deve ser bem representativa", avisa Moreno.

Outro nicho que Moreno destaca com boas perspectivas em 2016 é o do fornecimento de energia para sistemas isolados. A empresa ganhou a concorrência para o fornecimento de energia em duas localidades do Acre, Manoel Urbano e Assis Brasil. Ele não acredita que as interligações feitas em alguns estados vão acelerar a conexão de todas as cidades ao Sistema Interligado Nacional. Segundo ele, esse processo ainda vai demorar muito e o fornecimento para isolados perdurar. "Olhando o mapa, o Amazonas é completamente isolado. Isso não se resolve em pouco tempo", pondera Moreno. A Tecnogera trabalha com grupos geradores fabricados no país, o que segundo ele é positivo, já que as máquinas têm uma boa eficiência e ainda é possível privilegiar a indústria nacional.

Mais uma das apostas da empresa para 2016 é o fornecimento de energia temporária para grandes eventos. Nos ramos de atuação da Tecnogera, o setor de energia, com os projetos eólicos, completa junto com mineração e varejo o tripé que fez a linha de frente em 2015. A aposta é que no futuro a fonte solar repita o bom desempenho que a eólica. Em 2014, a Pátria Investimentos fez um aporte na Tecnogera e atualmente é uma das suas sócias. A entrada do Pátria fez com que a frota fosse renovada e especialistas fossem contratados para a empresa.

Prometendo apresentar motores com capacidade de gerar energia utilizando de 20% a 30% menos combustível, Moreno vê crescer as consultas feita sobre o uso de geradores a gás. O aspecto ambiental vem fazendo com que se peça insumos menos agressivos ao meio ambiente. Mas a distribuição do gás no país tem atrapalhado a utilização em geradores. "O problema atual do Brasil é a malha de distribuição, ainda é muito limitada", revela.

Também com presença na Argentina e no Peru, a expansão para países vizinhos da América do Sul e Latina está no radar da empresa, já vislumbrando 2017. No Peru, a oportunidade em vista é o atendimento ao mercado de mineração. Já na Argentina, o déficit de energia traz oportunidades para projetos de infraestrutura. "Esperamos presença forte na Argentina e Peru e nos próximos anos na Colômbia, Chile e México", aponta.