O presidente da Eletrosul, Márcio Zimmermann, afirmou nesta quarta-feira, 6 de abril, que a decisão de vender ativos de geração e transmissão da Eletrosul não foi tomada. Segundo ele, há estudos de avaliação de ativos que foram contratados junto ao banco Credit Suisse, mas que visam a preparação do plano de negócios da subsidiária da Eletrobras para os próximos cinco anos, assim como as demais controladas da estatal também desenvolvem.
“É simplesmente um estudo que foi feito, mas que não tem nenhuma decisão da diretoria, não tem posição com relação ao Plano de Negócios que vamos fazer, mas a gente sabe que é tudo feito conjunto com a holding, mas não há nada. Fizemos o estudo assim como as outras controladas também fizeram”, contestou Zimmermann em entrevista à Agência CanalEnergia após a abertura do UTCAL Summit 2016 nesta quarta-feira, 6 de abril.
O executivo lembrou que a empresa investiu R$ 1,3 bilhão ao ano nos últimos cinco anos, elevando o portfólio de projetos em geração da empresa de algo próximo a zero para mais de 2 GW de capacidade instalada. Já em transmissão a carteira de projetos da empresa avançou cerca de 40% no período. Por isso, comentou que é natural que se faça uma avaliação de ativos após um crescimento tão grande para o próximo plano de negócios.
Zimmermann afirmou que não há nenhuma decisão sobre ativos que serão vendidos e se serão colocados ao mercado como foi divulgado. Segundo rumores de mercado, a companhia venderia empreendimentos de geração e de transmissão considerados não estratégicos com o objetivo de se capitalizar para realizar aportes em outros empreendimentos. Mas o presidente da Eletrosul negou que haja a decisão da holding, que detém 99% do capital da empresa catarinense, por venda de projetos no sentido de buscar recursos e participar, por exemplo, de novas usinas na Amazônia.
Esses estudos encomendados serão utilizados como base para o desenvolvimento de plano de negócios de cinco anos que a Eletrobras atualiza anualmente. O executivo, que já ocupou o cargo de presidente do conselho de administração da holding, lembrou que essas revisões levam em conta as alterações nas características do mercado nacional, que vem passando por uma redução de demanda por conta do momento de retração da economia e que a empresa deve se adaptar a esse contexto.
*O repórter viajou a convite da organização do evento