O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, afirmou em conversa com jornalistas que sua permanência é uma decisão que cabe à presidente Dilma Rousseff. “Eu estou trabalhando normalmente, ajudando como posso o país e como posso a base de apoio da presidente, porque acredito que o Brasil precisa nesse momento de soluções”, afirmou Braga.
Questionado se vai ficar no governo, ele não respondeu diretamente. Disse que é um soldado e está à disposição da presidente.
Braga reforçou as declarações do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AM), de que o partido se precipitou ao antecipar a decisão sobre a saída da base do governo do dia 12 de abril para o último dia 29 de março. Com a decisão da executiva do partido, aumentou a pressão para que os seis ministros do PMDB, que resistiam a desembarcar do governo, entregassem seus cargos. O governo também intensificou as negociações com outras siglas, na negociação de cargos para garantir os votos necessários para barrar o processo de impeachment na Câmara dos Deputados.
O ministro lembrou que o PMDB sempre conviveu ao longo da sua historia com divergências. “Eu fui um daqueles que, desde o inicio, falei que imaginava e acreditava, e continuo acreditando, de que aquela reunião do dia 29 não deveria ter acontecido no dia 29. Que era uma precipitação. E continuo defendendo isso, como defendia antes. Eu acho que nesse momento o PMDB é um partido importante para o dialogo com a nação brasileira e com o Congresso Nacional. O Brasil não pode ficar paralisado e a população sofrendo com a falta de respostas para os nossos problemas econômicos”, disse, ao chegar ao ministério da Fazenda para reunião com o ministro Nelson Barbosa.