A Eletrobras não fará captação em 2016 e será cautelosa com os investimentos. Segundo Armando Casado, a empresa já tem os recursos necessários para aportar os R$ 13,2 bilhões previstos. "Normalmente a gente realiza de 70% a 80% dos investimentos", comentou o executivo, que participou de reunião da Apimec nesta segunda-feira, 4 de abril, no Rio de Janeiro.

Ele disse ainda que não está considerando no fluxo de caixa deste ano a venda da Celg-D. "Nem considero no fluxo de caixa ingresso de recursos da Çelg", comentou. Para reverter o prejuízo, o executivo explicou que precisa reverter os impairments, principalmente o relacionado a Angra 3, que alcançou R$ 5 bilhões. Segundo ele, isso é possível caso a tarifa da usina seja revista.

Ele disse ainda que acredita que as obras da nuclear sejam retomadas ainda neste ano e que, assim, é possível manter a entrada em operação comercial em dezembro de 2020, última previsão divulgada pela Agência Nacional de Energia Elétrica. "Estamos considerando a retomada ainda neste ano. Acho que é um cronograma realista", declarou, acrescentando que mais de 50% das obras já foram concluídas.

Casado afirmou ainda que a Eletrobras vai ser muito cautelosa com os investimentos em 2016. Questionado se a empresa vai participar do próximo leilão de transmissão, marcado para o dia 13 de abril, o executivo disse que as empresas do grupo ainda estão avaliando a participação. "As empresas estão sendo muito prudentes, cautelosas nos investimentos. Uma empresa não vive sem investimentos, então vamos analisar as condições. Mesmo nesse momento, existem investimentos que podem ser bastante viáveis", analisou.