O maior projeto hidrelétrico em construção no Brasil, a usina de Belo Monte, se prepara para iniciar sua operação comercial neste mês. Segundo José Aílton de Lima, um dos representantes da Eletrobras no Conselho da Norte Energia, esse marco histórico deve ocorrer até meados de abril.
Nesta sexta-feira, 1º de abril, a Aneel liberou para testes uma turbina do Sítio Pimental, com 38,8 MW de capacidade. A agência já havia autorizado o comissionamento de uma unidade do Stio Belo Monte, de 611,1 MW. Instalada no rio Xingu, em Altamira, o empreendimento será a maior hidrelétrica 100% brasileira em capacidade instalada, com 11.233 MW. A usina está em construção desde 2011 e deveria ter entrado em operação no ano passado.
No próximo dia 29 de abril, a usina terá a oportunidade de comercializar os 20% restantes de sua garantia física no leilão A-5. O Ministério de Minas e Energia definiu um preço-teto de R$ 115,57/ MWh. A venda dessa energia é considerada estratégica para o projeto, pois viabiliza a última parcela do financiamento com o BNDES, estimada em R$ 2 bilhões. Também estarão na disputa usinas térmicas, eólicas, PCHs, porém com preços diferenciados.
De acordo com José Aílton de Lima, o departamento de comercialização de Belo Monte ainda não fechou as análises sobre o preço ofertado e que, portanto, ele não pode dizer se o valor está adequado às necessidades da Norte Energia. Ele acredita que na próxima semana o Conselho de Administração da companhia se reúna para discutir o assunto. "Nossa área de comercialização não fechou as análises internas. Temos que fazer uma reunião do Conselho de Belo Monte", disse em entrevista à Agência CanalEnergia.
A composição acionária da Norte Energia é formada por três empresas do Grupo Eletrobras, por fundos de previdência (Petros e Funcef), pelas empresas Neoenergia, Cemig/Light, Vale/Cemig, além da Sinobras e da J.Malucelli Energia.