A Santo Antônio Energia ainda prevê o aporte de R$ 1,5 bilhão para encerrar o empreendimento em construção no rio Madeira. Segundo a empresa, o equacionamento desses recursos já está fechado e envolve desde o saque de um crédito no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social a até uma arbitragem que está em andamento por conta de acionistas que não aportaram recursos na geradora.

Segundo o CFO e diretor de Relações com Investidores, Luiz Pereira de Araújo Filho, em termos de investimentos são R$ 297 milhões para o término efetivo da usina. “Estamos com a equação financeira montada para todos os dispêndios”, resumiu ele.
Além dos quase R$ 300 milhões, a geradora ainda deve R$ 174 milhões ao epecista de uma parcela pendente de efeito das greves e há outros R$ 152 milhões que ainda não foram pagos. O primeiro montante devido ao consórcio construtor, relatou o executivo, está atrelado ao processo de arbitragem que está em andamento em função do não aporte de recursos na empresa por acionistas, cujo nome ele não citou. Há ainda calções na ordem de R$ 235 milhões.
Além disso, a elevação da cota da usina de 70,5 para 71,3 aumentou os custos socioambientais da companhia em R$ 332 milhões. Junto a SPE ainda há um valor de R$ 180 milhões a ser investido e metade é de diferença de alíquota de ICMS e parcelado em 10 anos em um pagamento relacionado a investimentos. E ainda, uma despesa de R$ 70 milhões gerada pela elevação da cota e que deverá ser pago a título de indenização de famílias afetadas.
Para esse pagamento, relatou o diretor, a empresa teve um aporte de R$ 390 milhões dos acionistas em março desse ano, R$ 174 milhões do processo de arbitragem, há outros R$ 270 milhões em uma conta reserva adicional e que pode ser substituída por fiança ou seguro garantia que a Santo Antônio Energia está negociando com bancos. Além disso, há um crédito remanescente no BNDES de R$ 79 milhões a ser sacado e a empresa trabalha com R$ 560 milhões considerados da geração de caixa da companhia.