A Santo Antônio Energia abrirá mão da ação que mantém na Justiça referente à proteção contra a cobrança dos valores do GSF. A medida foi confirmada pelo CFO e diretor de Relações com Investidores da empresa, Luiz Pereira de Araújo Filho. A empresa tem que apresentar sua desistência da ação em até cinco dias úteis, prazo que será cumprido, mesmo com a proposta sobre o passivo de cerca de R$ 500 milhões do déficit de geração que não atende à necessidade da geradora.

O executivo afirmou em teleconferência com analistas e investidores que não há uma proposta fechada sobre o que seria uma condição que atenderia essa necessidade. Ele disse que as condições ainda devem ser negociadas entre as partes. “Essa é uma questão mais intrínseca com a CCEE e outros credores. Nós apresentamos nossa proposta de carência e parcelamento. Não queria antecipar [as condições] isso é negocial e não uma cláusula pétrea que não se ajusta. Tem que ser bom para ambas as partes (…) requer uma negociação bilateral”, afirmou ele.
Em sua avaliação, houve um avanço e sensibilização na Agência Nacional de Energia Elétrica quanto ao pleito da empresa quanto à carência e ao parcelamento que a companhia espera ver aprovada.
Quanto ao futuro, o diretor da Santo Antônio Energia se mostrou mais tranquilo. E os pontos que ele elencou para justificar essa posição incluem a adesão à repactuação do risco que se deu pelo produto SP 93 para o mercado regulado, a garantia física total alcançada ainda em 2014, o que traz a receita fixa plena com maior previsibilidade atrelada ao índice de inflação oficial, além dos custos controlados. Nesse ponto citou que relatórios de agências de rating avaliaram a operação da empresa como dentro da realidade do setor elétrico nacional em um momento no qual se encontra ainda na curva de aprendizagem da operação da central.
“Estamos com receita e custos mais previsíveis e menos estresse com a CCEE, onde nossas liquidações que estavam na casa milhões, agora são projetadas para liquidações mais baixas”, acrescentou.