A Standard & Poor’s reafirmou os ratings de crédito corporativo ‘BB’ na escala global e ‘brAA-‘ na escala nacional atribuídos à Neoenergia e às suas subsidiárias, segundo avaliação divulgada na última quarta-feira, 30 de março. A perspectiva, porém, foi colocada em negativa refletindo o rating soberano do Brasil.
 
Na visão da agência de classificação de risco, os ratings da Neoenergia são limitados pelo rating em moeda estrangeira do Brasil. A S&P acredita que, assim como outras concessionárias de serviços de utilidade pública reguladas no Brasil, a Neoenergia está sujeira à intervenção do governo em um cenário de default do governo soberano, "com base no que observamos em outros países da região".
 
A S&P alterou o perfil de crédito individual da Neoenergia de ‘bbb-‘ para ‘bb+ por entender que a empresa reportará métricas de crédito mais fracas do que o esperado, “em razão do cenário macroeconômico mais desafiador e de maior dívida para financiar o plano de investimentos da companhia”, assim como a dívida adicional decorrente de garantias proporcionais aos projetos de Belo Monte e Teles Pires.
 
Além disso, as distribuidoras de eletricidade brasileiras são, na visão da agência, vulneráveis à desaceleração econômica, que reduz a demanda por energia elétrica, podendo gerar excedentes de energia e elevar a inadimplência dos clientes finais. A Neoenergia é controladora das distribuidoras Coelba (BA), Celpe (PE) e Cosern (RN).
 
A S&P também reafirmou o rating de curto prazo ‘brA-1’ na escala nacional da Neoenergia. Ao mesmo tempo, reafirmou os ratings de emissão ‘brA+’ das subsidiárias NC Energia, Termopernambuco e Itapebi Geração de Energia, "refletindo a garantia irrevogável e irretratável pela controladora das notas emitidas por essas entidades".