A chamada pública que o governo do estado de São Paulo anunciou extraoficialmente em maio do ano passado e foi oficializada em julho passado para a construção de térmicas na capital do estado terá a assinatura do memorando de entendimentos nesta quinta-feira, 31 de março. A escolhida para o investimento foi o grupo formado pela AES Tietê e Siemens-Gasen, e contemplará o desenvolvimento do projeto de construção e operação de duas centrais de geração que serão feitas em terreno da Emae, no bairro de Pedreira, zona sul da cidade, ao lado da UTE Fernando Gasparian, que já opera há décadas no local.

O indicativo de que o governo estadual abriria essa chamada foi dado pelo secretário de energia, João Carlos Meirelles, no Forum Cogen/CanalEnergia GD e cogeração realizado em 5 de maio do ano passado, em São Paulo. A ideia inicial era a de ser uma usina com 250 MW e que meses depois passou a ser de uma capacidade total de 1,5 GW em potência. Além disso, era esperado que o projeto participasse do A-3 ou A-5 desse ano.
A sociedade contará com a presença da estatal Emae ao lado das empresas da iniciativa privada. No local já há um ramal da Comgás para o fornecimento do combustível. A distribuidora de gás informou à época do lançamento da chamada pública que havia um volume adicional de gás de 1,5 milhão de metros cúbicos ao dia, contudo esse volume seria o suficiente para atender a uma usina de 250 MW. No futuro a expectativa do governo paulista era a de utilizar a produção do gás natural no pré-sal da Bacia de Santos. A estimativa do presidente da Comgás naquela oportunidade, Luís Henrique Guimarães, é de seriam necessários 6 milhões de metros cúbicos para atender à demanda de 1,5 GW em potência instalada.