O realinhamento estratégico da Cesp após o final de concessão de 75% da capacidade instalada de geração em 2015 poderá ter seus primeiros passos apenas em 2017. A consultoria contratada pela geradora, a Bain Consulting, apresentou este mês ao Conselho de Administração as alternativas para o futuro da companhia, que envolve cinco possibilidades, entre elas a privatização ou fusão com outros players do setor.

De acordo com o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Cesp, Almir Martins, a consultoria trabalhou de forma aberta e olhando todas as possibilidades de negócios no setor. Segundo seu relato, não foi descartada nenhuma opção. E na apresentação que fez ao board da empresa apresentou cinco cenários para o futuro da companhia.
“Como indicação, existem pelo menos cinco possibilidades em relação ao futuro da companhia. A própria privatização, a execução de um plano de investimentos e crescimento, e ainda a fusão com outros players, bem como a adaptação da estrutura da companhia, ajuste esse incorporado no planejamento de forma a trazer os custos a um nível mais adequado à realidade atual”, revelou ele em teleconferência sobre os resultados da empresa em 2015.
Entre as alternativas de fusão, Martins descartou a possibilidade de união de ativos com outra estatal de geração paulista, a Emae. Segundo ele, esse processo seria feito com outras empresas do setor. Ele comentou que essas foram as linhas básicas da apresentação mas que ainda não há deliberação sobre qual deverá ser o caminho.
Caso a opção escolhida seja pela expansão do portfólio da companhia, esse movimento será verificado apenas em 2017. O orçamento de investimentos da empresa para este ano não deverá contemplar nenhum acréscimo além dos aportes em manutenção e despesas com planejamentos e estudos. Segundo Martins, novos investimentos em expansão deverão ficar para o ano que vem apenas.
Em diversas oportunidades o secretário de energia do estado, João Carlos Meirelles, afirmou que a empresa poderia atuar como uma fomentadora de investimentos no estado. Tanto que houve a alteração da lei estadual que passou a permitir à companhia atuar em sociedades de propósito específico, fato não permitido anteriormente. No passado o governo estadual já procurou privatizar a companhia, sendo que a última vez foi em 2008. Contudo, a proximidade com o encerramento das concessões das UHEs Ilha Solteira e Jupiá, acabaram afastando interessados no processo.