A Empresa de Pesquisa Energética está prevendo que o consumo deve cair 0,4% no país em 2016, ante uma alta de 0,4% na projeção anterior. No Sistema Interligado Nacional, a queda deverá ser de 0,2%. A queda no consumo é puxada, principalmente, pelo fraco desempenho do segmento industrial. A expectativa é que o segmento acumule uma retração de 4,5% nesse ano. Já os segmentos residencial e comercial devem aumentar 2% e 2,5%, respectivamente.
"Mesmo havendo crescimento nos segmentos residencial e comercial, ele é muito pequeno quando comparado com o histórico", declarou o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim. Ambos os segmentos vinham apresentando crescimento em torno de 6% nos últimos anos.
No acumulado de janeiro e fevereiro, a queda do consumo pelas indústrias foi de 8,3% quando comparado com o período anterior. Nas residências, houve um decréscimo de 4,4% no período, e no comércio, de 3,2% no bimestre. A previsão é que o PIB vai cair 3% no ano.
Quanto à carga, o Operador Nacional do Sistema Elétrico prevê que ela deverá sofrer uma redução em torno de 800 MW médios no período 2017-2020, quando comparada com a previsão anterior. "Para esse ano, a próxima revisão da carga também deverá trazer alguma redução", apontou o diretor-geral do ONS, Hermes Chipp.
Tolmasquim, da EPE, disse ainda, durante o evento Agenda Setorial 2016, que acontece nesta quarta-feira, 30 de março, no Rio de Janeiro, que de abril a dezembro devem entrar no sistema 7.500 MW. "Se considerar todo o ano de 2016, vão entrar mais 9.000 MW no sistema. O grosso vem da motorização das hidrelétricas de Santo Antônio, Jirau e Belo Monte", afirmou Tolmasquim. Além disso, segundo ele, estão entrando algumas térmicas a gás e eólicas.