A Agência Nacional de Energia Eletrica confirmou a aplicação da bandeira verde para o mês de abril, conforme sinalizado pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico. A decisão significa que pela primeira vez desde que o mecanismo foi implantado em janeiro de 2015 não haverá aumento no custo mensal da energia paga pelo consumidor. 

A aplicação da bandeira verde reflete o resultado obtido a partir da simulação de custos e o superávit existente na Conta Centralizadora de Recursos das Bandeiras Tarifárias, que totaliza R$ 2 bilhões. Com o desligamento de um conjunto de usinas termelétricas, em março a bandeira mudou de vermelha –  que custa R$ 3,00 no primeiro patamar e R$ 4,50 no segundo patamar para cada 100 kWh consumidos – para a amarela. O custo extra para o consumidor residencial nessa faixa caiu para R$ 1,50 a cada 100 kWh consumidos. Em abril, não haverá custo adicional na tarifa. 
 
Com o valor médio do Preço de Liquidação das Diferenças elevado, o submercado Nordeste, em tese, teria de aplicar a bandeira amarela no mês que vem. Na prática, porém, esse cenário de preços é positivo, já que a energia de reserva está sendo liquidada ao PLD, o que tem gerado receita, em vez de custo adicional. Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, o PLD baixo é positivo porque significa que as térmicas mais caras deixaram de ser acionadas.