A Ministra Adjunta de Energia e Mudanças Climáticas do Reino Unido, Andrea Leadsom, anunciou que em abril estará disponível um novo fundo de 1,5 bilhão de libras para investimentos em tecnologias de baixo carbono. Segundo ela, o Brasil já foi identificado como um país prioritário, com projetos que podem vir a receber os recursos.

O Reino Unido, segundo Andrea Leadsom, está comprometido com a descarbonização da economia. O país tem como meta reduzir em 80% as emissões em 2050 na comparação com 1990. "Isso representa um projeto de descarbonização dos mais altos do mundo", apontou.

Dentro dos estudos de tecnologias de baixo carbono, Mauricio Tolmasquim, presidente da Empresa de Pesquisa Energética, diz que um dos pontos de maior interesse para o Brasil hoje é a questão da bateria para armazenamento da energia. "Essa é a questão do futuro. Se for desenvolvida uma bateria competitiva, você muda totalmente o paradigma de suprimento de energia, porque se pode ter energias intermitentes sem ter problemas de segurança", analisa.

Para ele, é importante o Brasil acompanhar o desenvolvimento dessas novas tecnologias. "Hoje são grandes grupos industriais que estão a frente. Mas nós temos que ter uma pesquisa própria, aproveitar essa onda, estar sintonizado com o resto do mundo nessa questão. Mesmo que não seja algo imediato, é importante que nossas universidades, nosso P&Ds estejam acompanhando", ressaltou Tolmasquim, que participou de evento da Embaixada Britânica, que aconteceu nesta terça-feira, 22 de março, no Rio de Janeiro.

Ele disse ainda que o Brasil tem ótimas oportunidades de projetos em tecnologias de baixo carbono e pode aproveitar os recursos desse fundo britânico. "Cada vez mais os sistemas de pesquisa de mudanças climáticas são mundiais. Não tem como cada país isoladamente tentar fazer. Tem que ter um organismo de cooperação", declarou.