O presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Mauricio Tolmasquim, acredita que o país já está em condições de voltar a adotar o despacho por ordem de mérito. Atualmente, todas as térmicas estão ligadas, limitadas ao CVU de R$ 211/MWh. Com o despacho por ordem de mérito, o próprio modelo diz quantas térmicas precisam ser despachadas.

"Como hoje o PLD está baixo, se a gente deixar por ordem de mérito teremos mais térmicas desligadas", comentou o executivo que participou de evento da Embaixada Britânica, que aconteceu nesta terça-feira, 22 de março, no Rio de Janeiro. Segundo ele, o assunto será discutido em reunião ainda sem data para acontecer.

No entanto, ele diz não achar um absurdo caso seja decidido manter a operação do jeito que está. "É uma questão de visão de risco. É claro que ao desligar, não quer dizer que não possa ligar de novo", comentou.

Ele disse ainda que hoje o país vive uma situação favorável, com sobra estrutural de energia em torno de 12 mil MW. "No ano passado foram incorporados mais 7 mil MW ao sistema. Neste ano novas máquinas estão entrando em operação, há uma melhora da hidrologia, sem falar na redução da carga", analisou.