A cidade de Araruama, no Rio de Janeiro, abriga a maior usina de microgeração solar da Região dos Lagos. O projeto, desenvolvido pela Prátil, foi finalizado neste mês e a expectativa é que os painéis solares comecem a gerar energia no início de abril, após a conexão com a rede da distribuidora Ampla. Com 176 painéis, a instalação ocupa uma área de 300 metros quadrados do Centro Educacional Margarida (CEM). A energia gerada abastecerá a escola, que está entre as primeiras da região a adotar a medida sustentável e com foco na prática do consumo consciente.
 
Com a instalação dos equipamentos, a escola vai gerar, em média, 60.000 kWh/ano, que seria suficiente para abastecer 25 residências com um consumo médio de 200 kwh/mês. A iniciativa do Centro Educacional vai evitar a emissão de nove toneladas de CO2 na atmosfera, o que corresponde a 53 árvores plantadas no ano. A economia estimada na conta de energia da escola é de R$ 52 mil por ano.
 
A geração de energia solar em casas, condomínios, escolas e empresas é cada vez mais comum no país, através da microgeração distribuída, que permite que o consumidor troque energia com a distribuidora. Segundo estimativa da Agência Nacional de Energia Elétrica, até 2024 haverá cerca de 1,2 milhão de conexões deste tipo no país. A economia na conta de luz pode chegar até 90%.
 
Recentemente, a Aneel publicou novas regras que facilitam a adesão à energia solar. Entre as novidades está a possibilidade de geração compartilhada, onde um grupo de pessoas pode se unir e instalar uma micro ou mini usina de geração distribuída. A energia gerada pode ser utilizada por todos, reduzindo as faturas.
 
O responsável pela área de geração distribuída da Prátil, Rafael Coelho, explica que uma das vantagens da geração compartilhada é o custo. Segundo ele, sistemas maiores ficam mais baratos, pois alguns custos são diluídos. “Isso faz com que o retorno do investimento seja muito mais rápido. Sem dúvidas é um investimento que vale a pena, especialmente porque o consumidor evita oscilações na tarifa de energia”, afirma.
 
As adesões ao modelo de geração distribuída cresceram mais de 300% entre 2014 e 2015, passando de 424 conexões para 1.930 conexões. Para este ano, a Aneel estima um crescimento de até 800%. O sistema fotovoltaico continua sendo a principal fonte alternativa de energia e representa cerca de 90% das instalações de geração distribuída no país.