A Copel estima que as linhas de transmissão que possui em sociedade com a State Grid na região da UHE Teles Pires (MT, 1.820) estarão prontos para a operação comercial no início de abril. Os projetos juntos envolvem linhas com 1.605 quilômetros de extensão e quatro subestações nos estados de Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais e deveriam, segundo o cronograma original do leilão 002/2012, estar prontos no início de 2015.

Como consequência dos atrasos, houve aumento dos aportes nas duas SPEs, a Matrinchã e a Guaraciaba. Para o primeiro projeto era previsto R$ 104,9 milhões mas foram destinados R$ 254,3 milhões e no segundo a projeção de aportes era de R$ 96,9 milhões ante um valor realizado de R$ 170 milhões. E ainda estão previstos mais R$ 21,6 milhões e R$ 74,6 milhões, respectivamente, pela participação da companhia paranaense nesses consórcios com a chinesa. A Copel detém 49% e a State Grid os 51% restantes.
De acordo com o presidente da Copel, Luiz Fernando Vianna, o atraso decorreu de causas que têm sido comumente vistas no setor de transmissão. Entre elas, destacou, estão questões fundiárias e de meio ambiente. Contudo, destacou que os dois projetos entram em operação a partir do início de abril e em maio.
Apesar da elevação dos custos com os projetos, acima do projetado no capex das empresas, disse o executivo, o valor de investimento total ainda está abaixo do que a Agência Nacional de Energia Elétrica havia previsto no edital do leilão.
No certame realizado em março de 2012, as SPEs resultantes da união entre a State Grid e a Copel ofereceram deságio de 43% pelo lote A, que possui três subestações e uma linha de transmissão com 1.005 quilômetros com RAP anual de R$ 126,4 milhões. No segundo projeto o deságio ficou em 36,96% reduzindo a RAP anual para R$ 73,080 milhões, valores esses a serem divididos proporcionalmente à participação de cada companhia no consórcio.