A Copel-D estima que terá até dois anos com uma certa folga em termos de indicadores de qualidade para o novo período de concessão que se iniciou em 2015. A empresa assinou no ano passado o 5º termo aditivo com o Ministério de Minas e Energia que prorrogou a concessão de distribuição até 2045. Como contrapartida a empresa terá que atender aos novos indicadores de eficiência estabelecidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica.

Este segmento foi o segundo maior em termos de destinação de investimentos da holding paranaense. De acordo com o balanço da companhia, dos R$ 2,364 bilhões em aportes realizados em 2015, a distribuição ficou com R$ 656,4 milhões, ou 27,75% do montante. Para o ano a Copel havia indicado a destinação de R$ 784,7 milhões somente nessa unidade de negócio, ou seja, realizou pouco mais de 80% do que estava previsto.
De acordo com o novo diretor presidente da Copel-D, Antonio Sérgio Guetter, com a renovação da concessão a empresa focará os investimentos em áreas estratégicas para atender aos novos parâmetros indicados pela Aneel. E indicou que as instalações rurais deverão ser o alvo principal na área de concessão da empresa. Estão enquadrados nessa classe 368.297 unidades consumidoras, ou 8,3% do total de mais de 4,4 milhões de clientes da empresa. Em termos de demanda o segmento rural representou 9,4% da energia vendida pela Copel no ano de 2015.
“Estamos muito focados nos cinco primeiros anos de redução do DEC e FEC e nossa estratégia de investimentos está direcionada em buscar tecnologias”, afirmou o novo executivo em teleconferência com analistas e investidores sobre os resultados de 2015. “Outra coisa é o lançamento de programa específico para a classe de consumidor rural, especificamente para os pontos onde se precisa de mais qualidade para trazer o retorno do DEC e FEC para que não ocorra a nossa exposição. Os indicadores são bem apertados no longo prazo, mas temos folga no primeiro e segundo ano”, avaliou ele.
Esse programa explicou Guetter, deverá consumir cerca de R$ 500 milhões em três anos a partir de 2016. Em sua avaliação ao elevar os aportes a consequência é a melhoria da qualidade da energia e a redução de custos. Nesse sentido, acrescentou, a Copel ainda manterá os programas de corte de gastos que estão em implementação, como o de terceirização de frota – e outros – que apresentam potencial de resultados mais imediatos que o de melhoria da qualidade.