O forte movimento de migração por parte de grandes consumidores para o mercado livre atraiu a atenção da Copel que iniciou as operações de uma nova subsidiária, a Copel Comercialização. Essa iniciativa foi aprovada no final de janeiro pelo conselho de administração que autorizou a realização de ajustes no Estatuto Social da Copel Participações para a nova companhia, justamente com a finalidade de atuar no segmento das comercializadoras, e ainda, prestar serviços relacionados a essa atividade.

De acordo com o presidente da holding, Luiz Fernando Vianna, a criação da comercializadora tem entre outras finalidades manter o cliente da empresa que estava no mercado regulado e que decidiu migrar para o livre. “Vamos comercializar o excedente que está contratado na distribuidora e também servirá como uma blindagem contra esse movimento de migração de consumidores para o ACL. Se o consumidor pretende sair, seja com incentivada ou convencional, que deixe de ser nosso cliente na distribuição e seja nosso cliente na comercializadora”, afirmou ele em teleconferência com investidores e analistas sobre o resultado da empresa em 2015.
Os primeiros passos no sentido operacional do negócio já começaram a ser dados. Vianna afirmou que a empresa já trabalha para realizar o seu primeiro leilão de energia. Segundo ele, esse processo ainda está em planejamento, mas a estratégia da nova subsidiária é de trabalhar mais com acordos de médio e longo prazo. Contudo, não deu mais detalhes sobre esse leilão.
O executivo disse ainda que esse passo procura reposicionar a Copel nesse segmento, que deverá apresentar um potencial de crescimento tanto em energia incentivada quanto na convencional, mas não indicou um guidance de quanto poderá representar essa perspectiva de crescimento.