A Copel reportou um lucro liquido consolidado de R$ 1,265 bilhão no ano de 2015, uma queda de 5,2% na comparação com o mesmo período de 2014 quando os ganhos ficaram em R$ 1,335 bilhão. O resultado Ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) anual alcançou R$ 2,585 bilhões ante os R$ 2,357 bilhões de 2014, um crescimento de 9,7%. A margem ebitda foi de 17,6%, aumento de 0,7 ponto porcentual, já a margem operacional ficou em 12,2% e a margem líquida em 8,6%

No trimestre a empresa obteve um lucro líquido de R$ 402, 1 milhões ante os R$ 275,2 milhões do mesmo período do ano anterior. O resultado ebitda trimestral foi de R$ 957,9 milhões ante um número de R$ 540,2 milhões entre outubro e dezembro de 2014.
A receita operacional líquida anual aumentou 5,8% para R$ 14,728 bilhões ante R$ 13,918 bilhões de 2014.
Em custos e despesas operacionais a empresa destacou a redução de 36,2% na conta energia comprada para revenda em função do reconhecimento de R$ 134,7 milhões como recuperação do custo com compra de energia devido à repactuação do risco hidrológico somente no ultimo trimestre do ano passado. Já no consolidado anual a redução foi menor com 18,7% de queda ante o ano de 2014. Nessa base de comparação o destaque foi o crescimento de 112,2% nos valores pagos pela energia de Itaipu.
A dívida bruta da Copel somava ao final de dezembro R$ 7,761 bilhões, aumento de 28,2% na comparação com 12 meses antes. Entre os fatos que aumentaram esse montante está a emissão de debêntures ao valor de R$ 500 milhões, recursos utilizados para pagar a outorga da relicitação da UHE Governador Parigot de Souza, que a empresa conquistou no leilão de usinas existentes, realizado em novembro de 2015. A dívida líquida da empresa somava R$ 6,961 bilhões, e a alavancagem estava em 2,8 vezes a relação com o ebitda.
Do investimento previsto para o ano que era de R$ 2,476 bilhões a companhia aplicou R$ 2,364 bilhões. Sendo que a Copel-GT com R$ 1,373 bilhão e a Copel-D com R$ 656,4 milhões.
A subsidiária Copel-GT apresentou lucro líquido de R$ 1,027 bilhão no ano, aumento de 50,2% na comparação com 2014. O resultado ebitda dessa empresa disparou 102,5%, passou de R$ 866,5 milhões para R$ 1,754 bilhão em 2015, com uma margem de 60,7% no período. Na mesma base, os investimentos no ano aumentaram 76,1%, passaram de R$ 758,4 milhões para R$ 1,335 bilhão. Ao mesmo tempo a receita operacional líquida recuou 2%, para R$ 2,890 bilhões, mas os custos e despesas operacionais recuaram 41,2%.
A Copel explicou ainda que o ebitda ajustado por efeitos não recorrentes reverteria esse resultado para um volume 17,3% menor em consequencia do GSF de 83,5% no ano ante os 90,6% de 2014. Na base trimestral ainda seria registrado um aumento, mas de 55,8%.
Já a Copel-D apresentou queda de 52,9% no lucro líquido de 2015, passando de R$ 437,9 milhões para R$ 206,1 milhões. O ebitda do negócio distribuição também caiu, 62,8% ante 2014, para R$ 308,1 milhões, levando a margem a 3,2% ante os 9,9% de 2014. A receita operacional líquida no ano subiu 14,8% para R$ 9,580 bilhões.