Os desligamentos causados pelas pipas no período de férias 2015/2016 – julho e dezembro de 2015 e janeiro e fevereiro de 2016 – aumentaram 48% na comparação com o mesmo período anterior, sendo registradas 4.239 ocorrências, segundo levantamento realizado pela CPFL Paulista. Apesar do crescimento do número de incidentes, ainda de acordo com a companhia, a média de clientes afetados por ocorrência caiu para 483 em 2015, ante 558 consumidores em 2014. A redução é explicada pelos investimentos em tecnologia, como automação da rede, que permitem isolar mais rapidamente o problema para um menor número de consumidores.
Na região de São José do Rio Preto foram registrados, ainda de acordo com a CPFL Paulista, 92 desligamentos no período 2014/2015 e 162 casos de falta de energia em 2015/2016. A CPFL Paulista atende 234 cidades no interior do estado de São Paulo.
Os desligamentos causados pelas pipas poderiam ser evitados se alguns cuidados fossem adotados. É importante escolher um local longe da fiação elétrica, como campos abertos e parques, preferencialmente áreas planas, fugindo do entorno de rodovias ou das avenidas de intenso movimento, evitando inclusive os atropelamentos. Outra preocupação é em relação ao papel utilizado, pois o papel alumínio, ou mesmo papel laminado, são condutores elétricos. Enroscadas nos cabos da rede elétrica, muitas pipas continuam causando interrupções meses depois de terem sido perdidas. Isso ocorre porque a linha, enrolada nos cabos elétricos, se torna boa condutora de energia quando chove.
A tentativa de resgatar uma pipa enroscada na fiação pode provocar desligamentos no fornecimento de eletricidade e causar acidentes com vítimas. Subir em telhados ou postes para recuperar o brinquedo representa risco de choque, assim como tentar removê-lo com canos ou bambus. Não é indicado soltar pipas quando estiver chovendo ou com descargas atmosféricas, pois elas funcionam como para-raios, conduzindo energia.