Três funcionários da Norte Energia e um piloto de embarcação de uma empresa prestadora de serviço estão há quatro dias sequestrados por indígenas da aldeia Curuatxé, na Terra Indígena Curuaia, no Pará.
 
A companhia informou nesta segunda-feira, 14 de março, que dois fiscais de obra, um agente de segurança do trabalho e um barqueiro – além do piloto – foram impedidos de sair quando estiveram na aldeia na última quinta-feira, 10 de março, para monitorar as ações do Projeto Básico Ambiental – Componente Indígena (PBA-CI) hidrelétrica Belo Monte.
 
Segundo a Norte Energia, a aldeia Curuatxé possui cerca de 50 habitantes e, embora esteja a mais de 400 km das obras da hidrelétrica, no Rio Curuá -, é atendida pelos projetos da companhia voltados exclusivamente aos povos tradicionais do Médio Xingu, na região do empreendimento. "A Norte Energia já comunicou o fato à Fundação Nacional do Índio (Funai) e à Polícia Federal, e aguarda providências para a rápida liberação dos funcionários e prestadores de serviços sequestrados", escreveu em nota à imprensa.
 
Procurada, a Funai informou que tem conhecimento do ocorrido, afirmando que "não apoia a retenção dos servidores da Norte Energia ou de qualquer pessoa". O órgão disse, ainda, que tem mantido contato com os índios e que tem solicitado "a liberação das pessoas retidas para que o diálogo seja restabelecido".
 
(Nota da Redação: Matéria ampliada às 12:24 horas do dia 14 de março de 2016 para inclusão do posicionamento da Funai)