A Coelba iniciou as obras daquele que será o primeiro laboratório de certificação de painéis fotovoltaicos do Nordeste e um dos quatro do Brasil. Localizado no Parque Tecnológico da Bahia, o projeto receberá R$ 4,3 milhões em investimentos através do programa de Pesquisa e Desenvolvimento do Grupo Neoenergia. A iniciativa conta com a parceria da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado da Bahia (Secti) e com a Universidade Federal da Bahia (Ufba).
 
O laboratório irá funcionar em uma área de 600 m². Apenas na estrutura física do prédio, que terá dois pavimentos, serão aportados R$ 2 milhões. Após a construção do espaço, que fica pronto até o final de junho, começa a fase de aquisição dos equipamentos. Entre os mais importantes estão os simuladores solares, as câmaras climáticas e os equipamentos de medição. O próximo passo será a acreditação – reconhecimento formal de que o laboratório está devidamente habilitado para fazer as validações de produtos – por parte do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).
 
No laboratório, serão feitos testes para aferir se as placas fotovoltaicas estão em conformidade com as diretrizes definidas pelo Inmetro. Após a conclusão da obra, a Coelba vai doar o laboratório ao Parque Tecnológico da Bahia. Pesquisadores e professores da UFBA, que também participam da concepção e execução do projeto, irão gerenciá-lo. A estrutura estará à disposição dos fabricantes que queiram comercializar as placas no Brasil, já que, para a venda desses produtos no país, é necessário passar pelo processo de certificação do produto.
 
Com potencial para se tornar referência nacional em certificação de placas fotovoltaicas, o laboratório de certificação de placas solares em construção no Parque Tecnológico da Bahia faz parte de um plano ainda maior do Grupo Neoenergia. Trata-se de um P&D Estratégico, realizado em cooperação entre as distribuidoras de energia elétrica Coelba, Celpe (Pernambuco) e Cosern (Rio Grande do Norte), cujos investimentos são da ordem de R$ 24 milhões.
 
Esse projeto cooperado inclui, além do laboratório, a usina solar já implantada na Arena Pernambuco, arranjos técnicos, comerciais e regulatórios para inserção da energia solar na matriz energética brasileira e o desenvolvimento de um transformador eletrônico para conexão de painéis fotovoltaicos ao sistema elétrico de distribuição.