A energia requerida na rede de distribuição das concessionárias da Equatorial está em um volume classificado como melhor que o esperado. O motivo é o clima da região Norte que tem apresentado temperaturas mais altas e que tem elevado a demanda nos estados do Pará e Maranhão. Contudo a expectativa para o ano é de um crescimento menor do que o registrado em 2015 quando o consumo aumentou 4,3% e 4%, respectivamente.

De acordo com o diretor financeiro e de Relações com Investidores da empresa, Eduardo Hayama, em ambos os casos se espera que o crescimento seja baixo. “No caso da Celpa, é de se esperar que a energia física, aquela que não considera as perdas, continue em crescimento mas em um índice entre zero e 1% mais ou menos. Na Cemar, a expectativa é de patamar acima disso, mas não vemos um cenário igual do ano passado, deve ficar um pouco abaixo”, afirmou ele em teleconferência com analistas e investidores sobre os resultados da empresas no ano passado.
A expectativa de maior crescimento no Maranhão, explicou Hayama, se deve ao fato de que o consumo per capita nesse estado ser menor do que no Pará. Contudo, lembrou que essas estimativas estão relacionadas diretamente com o desempenho da economia no país que pode afetar também as curvas de perdas não técnicas nos dois estados.
O executivo se mostra confiante quanto aos processos que a empresa implantou no que diz respeito às perdas nas duas distribuidoras. Em decorrência do patamar abaixo da meta regulatória da Aneel no Maranhão, ele disse acreditar em uma melhoria constante mas com volume de redução menor do que na Celpa, que ainda está acima do estabelecido pela Aneel.
De acordo com o balanço divulgado pela companhia na noite da quinta-feira, 10 de março, na Celpa uma queda nos indicadores de perdas não técnicas na baixa tensão de 5,6 pontos porcentuais na comparação com o encerramento do terceiro trimestre de 2015, recuou de 44,2% para 38,6%, ainda assim, acima da meta regulatória da Aneel de 34%. As perdas totais estão em 29,2% ante a meta de 26%. Já na Cemar as perdas não técnicas na baixa tensão continuam abaixo do estabelecido pela Aneel, com 12,4% ante o limite de 15,4%. As perdas totais estão em 17,6% ante a meta de 19,3%.
“A queda deve ser leve na Cemar porque o patamar já é baixo e dada a complexidade da região. Na Celpa a nossa visão é que ainda está incerto qual será o indicador. Ele vai cair, mas não sabemos ou podemos adiantar qual deverá ser a velocidade dessa redução. Depende do cenário macro, se este não se deteriorar mais e induzir a um comportamento que torna mais difícil o combate às fraudes”, finalizou Hayama.