A Abengoa fechou um acordo que classificou como as bases para a restruturação da dívida e recapitalização do grupo. Em fato relevante, a companhia espanhola informou que o acordo com os credores contém os elementos essenciais para alcançar um acordo futuro que levará ao número de adesões exigido por lei no processo de recuperação judicial.

Entre os termos desse acordo prévio estão a previsão de empréstimos para a companhia ao valor entre 1,5 e 1,8 bilhão de euros por um período de até cinco anos. Os credores poderão ficar com até 55% da companhia. Esse financiamento seria garantido por certos ativos, como as ações da Atlantica Yield e relacionado à dívida antiga da empresa. Esse montante antigo de débito será correspondente a 70% de seu valor nominal. Essa capitalização ainda garante o direito de subscrição de 35% do novo capital da empresa.
Além disso, no processo final de reestruturação, os atuais acionistas da Abengoa ficarão com cerca de 5% do capital social. Eventualmente, indica o comunicado, esses detentores de ações poderão aumentar sua participação por meio de um acordo mas que não será superior a um adicional de 5% se em um prazo de cinco anos o grupo tiver pago os valores do novo financiamento a ser concedido no processo de salvamento da companhia e sob a dívida existente.