A Taesa avaliou que as condições do leilão de transmissão marcado para o dia 13 de abril melhoraram de forma representativa. A alteração da receita anual permitida, WACC regulatório e a mitigação de problemas com licenciamento levou a empresa a decidir pela sua participação no certame. Contudo, despistou sobre os lotes que mais interessariam.
O CEO da empresa, José Ragone, afirmou em teleconferência com analistas e investidores sobre os resultados de 2015 que a empresa deverá buscar ganho de escala e sinergias ao avaliar os lotes em disputa. Mas, não indicou qual ativo mais interessa. “As condições do edital melhoraram de forma representativa as questões como a RAP, o WACC e a mitigação de riscos acerca do licenciamento, então isso de alguma forma nos motiva a participar”, declarou ele. “Estamos prontos para participar do leilão”, resumiu.
Questionado sobre o caso da Abengoa, Ragone reafirmou que depois de uma análise preliminar dos ativos e contratos a transmissora mineira concluiu que não justificaria um maior aprofundamento no tema porque as condições atuais não atenderiam a sua meta de dirigir o crescimento por meio de oportunidades rentáveis e de valor para a Taesa. Contudo não descartou uma reavaliação desses projetos caso se opte por alterar os valores de receita para as linhas que estão sob a concessão da espanhola.
“Existe efetivamente a preocupação do governo com a Abengoa. É sabido que são concessões importantes e que não estão operacionais. São fundamentais para a operação ótima do SIN e confiamos que a autoridade federal saberá atuar. A situação é complexa, mas evidenciamos que há um movimento do ministério e da Aneel para se chegar a uma solução adequada e à mitigação do problema. Caso ocorra a reavaliação de receita faremos novas contas e, dependendo desse resultado, poderemos pensar em uma futura transação”, confirmou Ragone.