A Schneider Electric firmou uma parceria com a Light (RJ) colocando em operação dois projetos pilotos de sistemas self-healing dentro da área de concessão da empresa. Os projetos contemplam tecnologias semi-centralizadas e descentralizadas para esse tipo de solução, e englobam todo o sistema de comunicação com rádio em TCP/IP com tecnologia spread spectrum, lógicas de self-healing em concentrador de dados e nos religadores, estudos de enlace, instalação e comissionamento. A implantação desses projetos visa melhorar a qualidade de prestação de serviço público de distribuição de energia da cidade do Rio de Janeiro, com sistemas inteligentes que isola falhas na rede de distribuição com agilidade e eficência, explica Marcel Araujo, gerente de serviços EAC da Schneider Electric.
 
O sistema semi-centralizado foi implantado em três linhas da rede de distribuição de diferentes subestações. Nas linhas estão instalados dez equipamentos, sendo oito religadores U27 e duas chaves RL27 todos de fabricação Schneider Electric. A Light realizou todos os estudos necessários de forma a definir a melhor localização dos equipamentos, levando em consideração a capacidade de transferências de cargas entre os alimentadores, deixando o sistema preparado para que, em um momento de falta de energia, transfira as cargas isolando o trecho defeituoso e minimizando os impactos negativos na qualidade de fornecimento.
 
O sistema descentralizado foi implantado em duas linhas da rede de distribuição, envolvendo três religadores e tecnologia spread spectrum. Neste sistema a decisão de transferência das cargas está embarcada nos equipamentos através das lógicas de proteção, não sendo necessárias implementações adicionais, é preciso apenas estabelecer a comunicação entre os mesmos. Por ser um sistema mais simples, possui limitações quanto às quantidades de alimentadores que podem ser contemplados em um mesmo sistema. “A grande vantagem desse sistema é que mesmo com a perda de comunicação com o centro de operação, os equipamentos terão a capacidade de realizar as manobras necessárias”, completa Araujo.
 
“A implementação destas duas soluções permitirá que a Light obtenha subsídios mais concretos, baseados nos resultados obtidos, de forma a nortear as decisões futuras e possibilitar uma tomada de decisão mais assertiva. De modo geral, as decisões deverão levar em consideração as características particulares das redes de cada distribuidora, optando por uma ou ambas soluções em sua área de concessão“, afirma Luiz Carlos Direito, gerente de tecnologia, medição e automação da Light.