A Abengoa anunciou um prejuízo de 1,2 bilhão de euros no ano de 2015. A empresa espanhola que abandonou obras no país e está em negociação para uma saída junto ao governo federal, atribuiu essa perda principalmente ao impacto negativo de 878 milhões de euros baseada nas estimativas da administração da companhia para a implementação de diversas medidas de um plano de salvação da empresa. O resultado Ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou 515 milhões de euros ante um valor de 1,408 bilhão de euros no ano de 2014.

Em seu comunicado de resultados, a Abengoa destacou que está em negociações com os credores para reestruturar a companhia, inclusive a sua dívida que encerrou o ano passado em 9,395 bilhões de euros. A meta com essa renegociação é dotar a companhia de uma estrutura de capital otimizada e continuar suas atividades de forma competitiva e sustentável. O passivo total da empresa foi reduzido de 25,2 bilhões de euros para 16,6 bilhões de euros depois da perda do controle e desconsolidação da Atlantic Yeld de seu balanço.
Geograficamente a Abengoa aponta a América do Sul e a América do Norte como regiões chave para a companhia por sua representatividade sobre a receita, 38% e 26%, respectivamente, de um total de 5,755 bilhões de euros reportados ao final de 2015.
As receitas de segmentos de engenharia e construção alcançaram 3,330 bilhões de euros, uma queda de 1,185 bilhão de euros no ano anterior. A empresa explicou que essa redução deve-se principalmente aos efeitos de redução de até interrupções de projetos durante o último trimestre o que resultou em custos associados.
Já no segmento industrial de bioenergia as receitas caíram de 2,137 bilhões de euros para 2,018 bilhões devido a reduções de margens nos Estados Unidos e o menor rendimento da cana de açúcar no processo de produção no Brasil. No segmento de concessões a queda de receitas deve-se à venda de usinas da Atlantic Yeld.