A agência de classificação de risco Moody’s rebaixou a nota de 30 empresas do setor elétrico. No geral, essa movimentação negativa vem na esteira da redução da nota de risco soberano do Brasil, anunciada esta semana que caiu dois degraus, passando de Baa3 para Ba2 e a sua mudança da perspectiva para negativo. A redução, lembrou a agência norte-americana, decorre da deterioração das perspectivas econômicas e fiscais juntamente com o agravamento da governabilidade do país e paralisia política que afetarão negativamente a qualidade de crédito das empresas do setor.

Tiveram suas notas de crédito reduzidas e com perspectiva negativa a Eletrobras, Itaipu Binacional e Cesp. Para essas empresas, diz a Moody’s, uma atualização dos ratings é improvável no curto prazo. Nesse caso, continua o relatório da agência, a deterioração na qualidade dos créditos sovereign e sub-sovereign poderia exercer pressão descendente sobre estes emissores de infraestrutura. Um outro fator que poderá exercer influência sobre a avaliação das notas é a interferência política no curso normal dos negócios desses emissores, classificado como um gatilho para seu novo rebaixamento.
Entre as distribuidoras possuem notas da Moody’s que foram rebaixadas a Cemig-D, Bandeirante Energia, Escelsa, Celesc-D e Eletropaulo. Entre as geradoras figuram a Cemig-GT, Energest, Duke Energy, AES Tietê, Lajeado Energia, Light Energia, CPFL Renováveis, Empresa de Energia São Manoel e Brennand Energia. No segmento de transmissão foram rebaixadas as notas da EATE, ETEP, ENTE, ECTE, Taesa e TSLE. E ainda a Light Serviços.
Por sua vez, outras holdings que tiveram a nota rebaixada ou com mudança de perspectiva  estão a Cemig, Celesc, Energisa, EDP, Light e Brennand Investimentos.